Paulo André chegou ao Cruzeiro em fevereiro com um contrato de produtividade. Dependendo do rendimento, o vínculo poderia ser ampliado. Uma das condições era a realização de ao menos 20 partidas, o que se confirmou na 17ª rodada do Brasileiro, contra o Palmeiras. O vínculo dele com o Cruzeiro ia até dezembro de 2016. Ao todo, o defensor fez 31 jogos pela Raposa e não marcou nenhum gol.
Os clubes aguardam somente a aprovação dos dois atletas nos exames médicos para oficializar a troca. Paulo André já acertou as bases salariais com o Atlético-PR, time que já havia defendido entre 2005 e 2006.
Como Paulo André só tem contrato até dezembro de 2016, ele não voltará à Toca após a cessão ao Furacão.
Inicialmente, o Atlético-PR queria Marquinhos na troca por Douglas Coutinho, mas o atacante baiano descartou a transferência. Por conta disso, a negociação se arrastou.
Por sua vez, Douglas Coutinho já tinha um acordo alinhavado com o Cruzeiro há algumas semanas. “Da nossa parte está tudo certo há algum tempo. Estamos esperando apenas o sinal positivo dos dois clubes para confirmar a transação”, disse ao Superesportes Taciano Pimenta, representante do novo reforço cruzeirense.
A chegada de Douglas Coutinho à Toca da Raposa II era do interesse da Doyen Sports, empresa que adquiriu, em 2014, 70% dos seus direitos econômicos por 4,5 milhões de euros. O restante do ‘passe’ pertence ao Atlético-PR e ao grupo Agility.
A possibilidade de o negócio ser concretizado foi antecipada pelo Superesportes em 10 de dezembro.
Passagem pela Toca e início promissor
Douglas Coutinho teve passagem pelo Cruzeiro durante a adolescência. Nascido em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, o atacante defendeu o clube mineiro entre os 13 e 16 anos. Nesse período, o atacante perdeu a avó, o que o levou a deixar a Raposa. Com auxílio de Ricardo Drubscky, então diretor das categorias de base do Atlético-PR, o empresário Taciano Pimenta confirmou sua transferência para o clube rubro-negro.
O atacante começou a ganhar destaque no futebol paranaense em 2013. Naquele ano, o Atlético-PR utilizou a equipe sub-23 no Estadual, e o atacante terminou como o artilheiro do Furacão, com 11 gols marcados.
Enquanto esperava ter mais chances no time profissional no Brasileirão, Coutinho ficou afastado dos gramados por quase três meses, em consequência de uma fissura na bacia. Ele participou de apenas sete rodadas da competição nacional e não marcou gols.
Em 2014, o atacante defendeu o Atlético-PR em cinco dos oito jogos na campanha da Copa Libertadores, encerrada com eliminação nos pênaltis nas oitavas de final, diante do Sporting Cristal. Já no Campeonato Brasileiro, ele teve começo avassalador, com seis gols em 11 rodadas. Em todo o restante da competição, Coutinho anotou apenas mais um tento, o que o deixou distante da disputa pela artilharia.
Apesar da queda de rendimento no returno do Brasileirão, Coutinho seguiu em alta no mercado. No final de 2014, o atacante rendeu 4,5 milhões de euros ao Atlético-PR (cerca de R$ 16 milhões) – 70% dos direitos econômicos foram comprados pelo grupo de investimentos Doyen. Já em janeiro de 2015, Renato Duprat, representante do grupo maltês no Brasil, indicou a proximidade de um acordo com um clube holandês para a transferência de Douglas Coutinho. A negociação, entretanto, foi abortada por não ter sido finalizada a tempo do fim da janela de transferências do futebol europeu.
Baixo rendimento em 2015
Depois de a ida para a Holanda não se concretizar, Coutinho seguiu no Atlético-PR e participou da pré-temporada da equipe na Espanha. Presente em nove das 10 primeiras rodadas do Brasileirão, ele balançou as redes duas vezes, em jogos contra Atlético e Joinville. Diante do time catarinense, anotou também seu único tento na Copa Sul-Americana. E, mais uma vez, a sequência no Furacão foi interrompida por lesões.
Nas últimas 28 rodadas do Brasileiro, Coutinho defendeu o Atlético-PR em apenas quatro jogos e não marcou gols. Sua última participação foi em 18 de outubro, quando o Furacão acabou goleado pelo Corinthians, por 4 a 1, na Arena da Baixada.