Barbosa acabou assumindo a maior parte das negociações do clube, auxiliado por Benecy, que tomou a frente em alguns negócios. Somente no fim de julho, com a chegada de Vanderlei Luxemburgo, o presidente Gilvan resolveu contratar um diretor de futebol.
O novo dirigente foi Isaías Tinoco, que chegou à Toca da Raposa indicado por Luxa. Apesar de desconhecido de parte da torcida, o novo dirigente colhia uma longa trajetória no futebol, iniciada nas categorias de base do Flamengo no fim dos anos 70. Nos anos 90, ele despontou no Vasco campeão brasileiro de 1997.
Depois do insucesso dessa cúpula durante mais de um semestre, o presidente Gilvan de Pinho Tavares resolveu mudar o perfil da diretoria. Valdir Barbosa aceitou uma proposta do Coritiba e se transferiu para o futebol paranaense. Tinoco deixou o Cruzeiro junto com Luxemburgo, enquanto Benecy Queiroz voltou a focar somente em seu cargo de supervisor.
Gilvan apostou em Bruno Vicintin para ser seu vice de futebol e seu braço direito. O perfil do novo dirigente se estendeu pela nova cúpula: essencialmente jovem. Bruno Vicintin tem 38 anos e liderou o processo seletivo de contratação do novo diretor de futebol, Thiago Scuro, de 33. Outro membro atuante da diretoria atual tem sido Sérgio Rodrigues, superintendente de negócios internacionais, que tem 33 anos.
Procurado pelo Superesportes, o presidente Gilvan de Pinho Tavares explicou que a mudança de perfil foi proposital e citou o livro “A bola não entra por acaso”, de Ferran Soriano, antigo dirigente do Barcelona.
”A vida é dos jovens, mas nossa experiência é fundamental. Quem leu Ferran Soriano, que foi um dos maiores diretores de futebol do mundo, sabe que o clube tem que ser equilibrado, uma mescla de profissionais jovens e experientes. Nossa geração reflete mais e ajuda a corrigir os erros dos mais jovens. Desta forma, acreditamos, tudo dará certo para o Cruzeiro”.