Cruzeiro

Marcelo admite surpresa com declarações de Júlio Baptista: "No aspecto pessoal, me frustrou"

Treinador revelou que recebeu um recado do meia informando que "foi mal interpretado": "Já recebi um recado dele, que não era isso que ele quis dizer"

Redação

Ex-técnico do Cruzeiro e atualmente no Palmeiras, Marcelo concedeu entrevista ao canal Espn
O técnico Marcelo Oliveira comentou as polêmicas declarações do meia Júlio Baptista, em entrevista ao Estado de Minas no dia 14 de julho. O atleta disse que o técnico “não é um cara honesto (...) não olhava nos olhos e usava dois pesos e duas medidas”. Ainda segundo Baptista, o que treinador fez com ele foi “palhaçada”.


De forma tranquila, o hoje treinador do Palmeiras, em entrevista ao canal ESPN Brasil, admitiu surpresa com as ofensas do jogador do Cruzeiro e disse que ficou frustrado com Baptista no aspecto pessoal. Marcelo ainda revelou que recebeu um recado do atleta informando que “foi mal interpretado” na entrevista.

“Me surpreendi e lamentei ao mesmo tempo, (sic) primeiro porque a questão de escalar ou não, é convicção minha. Eu quis usá-lo mais à frente, como atacante. Ele achou melhor disputar a posição como meia. E ele disputou com o Ricardo Goulart. E o Ricardo Goulart foi dois anos consecutivos o melhor meia do Brasil, por isso foi para a Seleção (Brasileira) e foi vendido. E no aspecto pessoal, me frustrou um pouco mais”, disse.

Marcelo Oliveira revelou, inclusive, que tinha uma relação amistosa com Júlio Baptista fora das quatro linhas. “Ele foi ao casamento da minha filha, subiu lá no palco para cantar, porque tinha uma banda, e as pessoas pediram para ele cantar, já que ele canta muito bem. Depois ele me convidou para o aniversário da filha dele. E recentemente, eu estava em um restaurante, ele chegou com a família, eu estava com minha família. O restaurante estava um pouco cheio, sentamos juntos. Tomamos um vinho juntos, conversamos muito sobre futebol”, frisou.

O antigo treinador da Raposa ainda disse que sempre elogiou Baptista pelo comportamento exemplar. “Até elogiava sempre o Júlio com a diretoria, em relação ao comportamento dele. Nunca teve nenhum tipo de problema. Ele treinava, cumpria muito bem as situações. Eu esperava que ele entendesse melhor a situação de suplência e titularidade”.

Confira na íntegra a resposta do técnico Marcelo Oliveira a Júlio Baptista:
Entrevista ao canal ESPN Brasil

“Não tenho como princípio, como hábito, dar resposta através da imprensa. Gostaria que ele estivesse aqui, poderia falar com ele, e quando (sic) nos encontrarmos, certamente vou falar com ele. Não li, mas minha filha me ligou indignada com a entrevista do Júlio, perguntado por que tinha acontecido aquilo. E eu disse a ela: ‘Não fique indignada, porque o futebol é assim’. Tenho absoluta tranquilidade e consciência de tudo o que fiz, inclusive com ele. Me surpreendi e lamentei ao mesmo tempo, (sic) primeiro porque a questão de escalar ou não, é convicção minha. Eu quis usá-lo mais à frente, como atacante. Ele achou melhor disputar a posição como meia. E ele disputou com o Ricardo Goulart. E o Ricardo Goulart foi dois anos consecutivos o melhor meia do Brasil, por isso foi para a Seleção (Brasileira) e foi vendido. E no aspecto pessoal, me frustrou um pouco mais(sic).


Ele foi ao casamento da minha filha, subiu lá no palco para cantar, porque tinha uma banda, e as pessoas pediram para ele cantar, porque ele canta muito bem. Depois ele me convidou para o aniversário da filha dele. E recentemente, eu estava em um restaurante, ele chegou com a família, eu estava com minha família. O restaurante estava um pouco cheio, sentamos juntos. Tomamos um vinho juntos, conversamos muito sobre futebol. Então, me surpreendi.


Já recebi um recado dele, que não era isso exatamente que ele quis dizer, que foi mal interpretado, era questão técnica, de não ser escalado. E ele foi escalado muitas vezes como titular também. Só não podia dar a ele, como ele pediu, seis ou sete partidas jogando seguidamente, porque a gente precisa de resultado e precisa estar produzindo. Uma coisa era o Ricardo Goulart, que jogava na posição dele, ou o Everton (Ribeiro). Inclusive nos jogos da Libertadores, que foi frustrante a nossa saída ano passado, para o San Lorenzo, ele jogou nos dois jogos, jogou lá na Argentina e jogou no Mineirão também. Inclusive nesse jogo botei o Goulart como reserva. Então, acho que foi tudo absolutamente normal. Eu não dei nem mais nem menos atenção para ele do que dei para os outros. Você tem 34 jogadores. É impossível você ficar toda hora chamando um ou outro jogador. Era feito isso muito em grupo e era dada a palavra para falar sobre qualquer dificuldade que teríamos, por isso me surpreendi muito (...).


Como o Júlio jogou muito fora do país, jogou na Europa, em grandes times, tem um currículo muito bacana. Eu até elogiava sempre o Júlio com a diretoria, em relação ao comportamento dele. Nunca teve nenhum tipo de problema. Ele treinava, cumpria muito bem as situações. Eu esperava que ele entendesse melhor a situação de suplência e titularidade. Não vou dar preferência ao jovem porque gosto da base. Qualquer um deles pode jogar no time titular ou não dependendo da produção e do encaixe do time como um todo. Então, tenho a consciência absolutamente tranquila. Pelo contrário, no Cruzeiro, em dois anos e meio, nunca tirei um jogador do treino ou afastei um jogador por indisciplina”.