Cruzeiro

Patrocínio máster e hotel temático: detalhes da negociação do Cruzeiro com grupo multinacional

Clube conversa com Latinn Hotels, representante de duas marcas da Windham

Gilmar Laignier

Protótipo com possível novo patrocinador do Cruzeiro já circula na internet
À procura de um patrocínio máster, o Cruzeiro iniciou conversas nas últimas semanas com uma rede hoteleira. Porém, a negociação embrionária esbarra em algumas questões financeiras e de mercado. O clube negocia diretamente com a Latinn Hotels, empresa que representa na América Latina duas marcas da rede americana Wyndham.


Os nomes representados pela Latinn são o Super 8 e o Travelodge. A princípio, a conversa da diretoria celeste com a empresa envolveria apenas uma parceria para abertura de um hotel temático do Cruzeiro no futuro. O estabelecimento seria similar ao hotel do Boca, inaugurado em 2012, em Buenos Aires.

”Houve uma conversa sobre um possível hotel temático. É uma ideia interessante, mas em um momento ruim. Já conversarmos também com o Internacional e estamos abertos a conversar com outros clubes, mas tem que haver encaixe perfeito entre momento, clube e produto para que o resultado seja bom. É apenas uma conversa inicial”, explicou ao Superesportes Dan Fonseca, diretor de desenvolvimento de marcas e produtos da Latinn Hotels.

Para o gestor, o momento de Belo Horizonte não é bom para implantar o projeto, por causa da superoferta de hotéis e o grande risco de baixa ocupação. O momento ideal para o lançamento de um possível hotel temático seria por volta de 2018, caso haja acordo com o Cruzeiro. Além da identidade visual do clube, o estabelecimento poderia ser utilizado para concentração de atletas na noite anterior aos jogos disputados em Belo Horizonte. “Mas, isso é um negócio da Latinn, não tem nada a ver com a corporação nos Estados Unidos (Wyndham) a não ser a coincidência de desenvolvermos algumas marcas dela”, ponderou Fonseca.

Em Buenos Aires, Boca Juniors lançou em 2012 seu hotel temático, no bairro de San Telmo
Desse primeiro contato, surgiu a hipótese de um patrocínio máster, já que o Cruzeiro busca uma empresa que invista no espaço nobre de sua camisa. Porém, a Latinn Hotels sozinha não dispõe de recursos para o investimento – cerca de R$20 milhões anuais. Por isso, o clube ainda pensa em fechar um acordo com a ‘matriz’ Wyndham, mesmo sem uma negociação direta com os americanos.

”A repercussão a esta especulação foi grande e muito positiva. O pessoal de Nova York acompanhou cada matéria sobre o assunto. A Wyndham é a maior rede de hotéis do mundo e está vindo pesado para o Brasil”, opinou Fonseca, que fez questão de ressaltar que não responde pela rede americana. “A decisão é deles lá fora. Apenas a Windham pode falar por Nova York”, completou.

Apesar de o Cruzeiro alimentar esperanças de fechar o patrocínio máster com a Wyndham, por meio da “ponte” com a Latinn, a rede americana por enquanto nega qualquer negócio com o clube celeste. “Nossa empresa não está negociando com o Cruzeiro. Soubemos dessa informação pela internet, mas não é verdadeira. Nossa sede é nos Estados Unidos e nossa diretoria jamais negociou patrocínio com o Cruzeiro”, garantiu a diretora de comunicação Paula Carreiro à reportagem.