Segundo Luxemburgo, o que inviabiliza o acúmulo das duas funções no Brasil é a pressão exercida pela opinião pública. "Sempre colaborei de algumas maneiras. Não tem porquê não colaborar, dar um telefonema (para contratar jogadores). Mas essa história de ser manager no Brasil é complicado. Na Europa pode ser. No Brasil não. Aqui tem que se preocupar só com o campo. Lá todo mundo pode. Aqui no Brasil acham muito legal eles serem manager, o Capello, o Alex Ferguson. Mas aqui todo mundo só pensa que o cara quer roubar. Não se fala no conhecimento de gestão. Mas prefiro chegar para ser técnico”.
Vanderlei Luxemburgo evitou falar em reforços na chegada à Toca da Raposa II. Segundo ele, seria deselegante com os atletas que estão no elenco e também um desestímulo. A aquisição de novos jogadores será tratada em sigilo com a diretoria e o presidente Gilvan de Pinho Tavares. “Contratação é assunto interno, porque senão a valorização fica complicada. Você acha que eu vou chegar num primeiro dia e dizer que preciso disso ou daquilo? Se for necessário, vamos colocar para ele (presidente) e ele vai correr atrás”.
No momento, a prioridade do novo comandante será tirar o Cruzeiro das últimas colocações do Brasileiro e, para isso, ele só terá à disposição os jogadores que já estão na Toca. “Estou chegando ao clube nesse momento. Meu foco é colocar a cabeça no jogo de logo mais (contra o Flamengo, no Mineirão, pela quinta rodada do Brasileiro). E depois vamos ver o que vai ser feito com a diretoria, ver as possibilidades ou não de algumas coisas. Temos aqui Valdir, Benecy. Vamos focar em sair dali de baixo para poder ir lá para cima”.