Cruzeiro

Na Europa, empresário uruguaio Juan Figer trabalha em parceria para reforçar o Cruzeiro

Na Toca II, circula a informação de que o agente tenta colocar Robinho no clube

Tiago Mattar Luiz Martini

Juan Figer, Robinho e Alexis Malavolta, parceiro do agente, em foto tirada há cinco meses, em SP
Desde que perdeu o diretor de futebol Alexandre Mattos para o Palmeiras, o Cruzeiro coleciona aliados na remontagem do elenco. No início do ano, o paulista André Cury ganhou destaque especial e participou de pelo menos quatro negociações na Toca da Raposa. Para encontrar o tão sonhado meia, o clube celeste deposita suas esperanças na experiência do uruguaio Juan Figer, parceiro histórico desde a época em que os irmãos Perrella presidiam o Cruzeiro.


Ao Superesportes, o agente confirmou que está empenhado para ajudar o clube na contratação de um jogador. "Estou fora do país. Estou negociando um jogador para o Cruzeiro, mas não posso revelar absolutamente nada. Nem posição, nem nome, nada", ressaltou o empresário, que disse considerar praticamente impossível a inscrição desse jogador na fase de oitavas de final da Libertadores.

A reportagem apurou com pessoas ligadas a Figer que o agente está na Europa e deve retornar ao Brasil na próxima semana. Ele seria o responsável por representar o Cruzeiro nas tratativas pelo meia Robinho, do Santos. Como está no velho continente, o empresário poderia conversar com o Milan, dono dos direitos econômicos, pela liberação do meia-atacante. Figer, no entanto, rechaçou a possibilidade. "Não tem nada de Robinho. Não estou nesta negociação com o Cruzeiro. Ninguém do clube me procurou para tratar disso especificamente", garantiu o procurador, responsável pela carreira do atacante camaronês Joel.

Na última segunda-feira, o gerente de futebol do Cruzeiro, Valdir Barbosa, afirmou que o clube busca dois reforços. Ele não precisou, no entanto, se conseguiria inscrever o 'segundo' contratado na primeira fase eliminatória da Libertadores. “Estamos trabalhando, mantendo contatos para que um ou dois jogadores venham para a próxima etapa da Copa Libertadores. Se não houver tempo de inscrever os dois, acredito que pelo menos um a gente inscreva, e que venha para o Campeonato Brasileiro. O torcedor pode ter certeza que alguém virá”, afirmou o dirigente em entrevista coletiva.

Como a janela de registro do Brasil está fechada desde 16 de abril, o Cruzeiro só poderia contratar algum jogador que atua no exterior por meio de uma manobra contratual. Isso ocorreu quando o clube trouxe Júlio Baptista, jogador que mantém parceria com Figer. Na ocasião, houve um acordo para que o Málaga fizesse uma rescisão retroativa, mesmo quatro dias depois do fechamento da janela de transferências. O clube, porém, acredita que Gilvan não repetiria a manobra, que poderia render problemas judiciais para a Raposa.

Júlio Baptista, jogador do Cruzeiro, em foto tirada no escritório do Grupo Figer, há cerca de cinco meses