A justificativa de Castellar foi a força política do senador. Procurado pelo Superesportes, Zezé Perrella comentou o assunto e saiu em defesa de Gilvan. “Sobre a declaração de que comigo seria diferente, não vou fazer juízo, mas o Gilvan tem força política também e está fazendo um grande trabalho no Cruzeiro”.
Perrella relembrou outras brigas compradas pela diretoria celeste quando a Federação era presidida por Elmer Guilherme e Paulo Schettino. “Essa briga que está acontecendo é uma situação grave. Espero que o presidente da Federação não misture a condição de atleticano com a de presidente. Eu não o conheço pessoalmente, não tenho acompanhado o trabalho dele, estou distante do futebol. Mas, o Gilvan está defendendo os interesses do Cruzeiro”, analisou.
”Eu também cansei de brigar com a Federação, com outros presidentes. Não quero entrar no mérito de dizer quem está certo ou errado, mas se o Gilvan está brigando, tem razões para isso, está defendendo o lado do clube”, completou o ex-presidente.
Entenda o caso
A briga entre Cruzeiro e Federação estourou antes do segundo clássico da semifinal do Mineiro, entre Cruzeiro e Atlético. Como tinha dois jogos da Copa Libertadores marcados para duas terças-feiras, o Cruzeiro pretendia jogar pelo menos o segundo jogo da semifinal do Estadual no sábado. Assim, o clube teria as 60 horas de descanso previstas no Regulamento Geral de Competições da CBF, fato que não ocorreu.
A TV Globo condicionou a antecipação para sábado a um consenso entre Federação, Cruzeiro (o mandante), e Atlético, mas o rival se recusou a jogar no domingo. Na ocasião, a FMF alegou que fez todos os esforços para atender os anseios do clube celeste, mas esbarrou na imposição da emissora. Por sua vez, Gilvan disse que tinha a ‘palavra’ da própria federação de que o jogo seria no sábado.
Protestos da torcida
Perrella aproveitou para criticar também os torcedores que atiraram restos de comida no carro do presidente Gilvan depois da derrota por 2 a 1 para o Atlético, no Mineirão. Para Zezé, a perda do Mineiro é insignificante para o Cruzeiro.
”Tem que respeitar o presidente. Não é porque perdemos o Rural que pode jogar resto de comida no carro dele. Ele merece respeito pelo bom trabalho, ganhou dois Brasileiros. Estamos no meio de uma Libertadores, temos que apoiar. Para mim, Rural e nada é a mesma coisa”, debochou.