CRUZEIRO
Gilvan pretende recorrer à Justiça para impedir clássico no domingo e volta a criticar Federação
Presidente do Cruzeiro afirma que FMF é submissa ao Atlético, contesta argumento de Castellar Guimarães Neto e defende criação de uma liga independente
postado em 14/04/2015 13:12 / atualizado em 14/04/2015 14:41
Arthur Sala Minoves /Superesportes , José Cândido Junior /Superesportes
O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, pretende apelar à Justiça Desportiva para tentar impedir a realização do clássico pela semifinal do Campeonato Mineiro neste domingo, no Mineirão. A possibilidade da mudança do jogo para sábado foi considerada por Federação Mineira de Futebol e Rede Globo, detentora dos direitos de transmissão, mas acabou rejeitada pelo Atlético. Indignado com a decisão, o dirigente do clube celeste voltou a acusar a FMF de favorecimento ao rival e defendeu a criação de uma liga independente.
O Cruzeiro entende que o clássico decisivo deveria ocorrer neste sábado, para evitar uma nova maratonade de jogos, como a que acontece neste momento, com o time voltando a campo em menos de 60h de intervalo – enfrentou o Atlético no domingo passado e pegará o Huracán na noite desta terça-feira, na Argentina, pela Copa Libertadores. O artigo 25 do Regulamento Geral de Competições da CBF permite essa situação somente em casos excepcionais.
Gilvan revela o apoio de clubes fora do estado e compara a situação do Cruzeiro aos problemas dos times cariocas com a federação local, a Ferj. “Nós estamos entrando na Justiça Desportiva com um mandato de garantia, para impedir que o jogo seja realizado no domingo. Mas estou propenso a iniciar um movimento aqui, similar ao que está acontecendo no Rio (de Janeiro), porque já fui procurado por alguns dirigentes insatisfeitos com esse tipo de atitude, para criarmos uma liga independente aqui. Não dá para conviver com isso”, declarou Gilvan, em entrevista ao Superesportes.
O posicionamento da Federação Mineira no caso voltou a ser duramente criticado por Gilvan de Pinho Tavares. Ele afirmou que o presidente da entidade, Castellar Guimarães Neto, se omitiu e aceitou os interesses do Atlético. Segundo Gilvan, depois de a Rede Globo abrir possibilidade da alteração da data do clássico, Castellar teria o poder de decisão, já que os clubes não chegaram a um acordo.
“Ele (Castellar) agora vem com esse argumento de que para ter o jogo no sábado ele precisa do presidente do Atlético para aprovar. Por que para ter a partida no domingo não precisa do presidente do Cruzeiro concordar? Ele ouve só o presidente do Atlético? Não é ele, o presidente da FMF, que tem que decidir? Porque a Globo já concorda, agora tenho a rede nacional a meu favor, que quer o jogo no sábado. Agora, está nas mãos do presidente da Federação, que não pode ouvir só o presidente do Atlético. Se não houver concordância entre os dois times, ele que decida”, concluiu.
De acordo com o Artigo 35 do Campeonato Mineiro, o Atlético não precisaria ser consultado para decidir a data do jogo. O regulamento prevê alterações na tabela levando em consideração apenas as partes diretamente interessadas: o clube mandante e a emissora detentora dos direitos de transmissão, neste caso, Cruzeiro e Globo.
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