“Tudo depende de amanhã e isso quem está cuidando é meu pai, meu empresário. Estou focado em jogar futebol e resolver tudo, com a cabeça boa para chegar aí ao Cruzeiro”, disse Gabriel. À reportagem, o pai de Gabriel, em rápido contato, mostrou otimismo pela definição positiva do processo.
Apesar do pedido da Portuguesa em negociar de forma amigável os direitos de Gabriel, o Cruzeiro optou por esperar a definição na Justiça. O clube celeste já tem as bases salariais acertadas com o estafe do jogador há algumas semanas.
Vice-presidente da Lusa, Roberto Fonseca comentou a decisão do Cruzeiro e prometeu mudar de postura caso o resultado na Justiça seja favorável ao clube. “Se a Portuguesa ganhar esse processo, não vou negociar do jeito que vinha negociando”, disse. Os advogados de Gabriel, no entanto, tratam o desfecho positivo como certo.
Confira a entrevista completa com Gabriel Xavier:
Qual a expectativa de jogar pelo Cruzeiro?
Minha expectativa, primeiramente, era de entrar num acordo aqui com a Portuguesa e fosse para o Cruzeiro. A perspectiva de jogar em um time grande é ótima, no Cruzeiro, e essa oportunidade vejo com muita felicidade. Acredito que até amanhã tudo possa estar resolvido.
Como foram os episódios na Portuguesa?
Eles atrasaram meu salário e todo mundo que trabalha merece receber, mas pelo carinho grande que tenho com o clube, eles abriram a porta pra mim, desde pequeno eu freqüento o clube, tentei entrar nesse acordo, para sair pela porta da frente. De certa forma é muito chato não entrar nesse acordo, sair pela forma judicial. Mas quem cuida é meu pai, o Júnior (empresário) e eu jogo futebol.
Está feliz com a mudança para Belo Horizonte?
Quando pintou a oportunidade de vestir a camisa do Cruzeiro fiquei muito feliz. O futebol mineiro, em geral, teve uma ascensão muito grande, acredito que essa é uma oportunidade única. Minha mãe também é mineira, eu gosto do Cruzeiro, sempre acompanhei, então vejo como uma excelente oportunidade.
Conhece a cidade?
Conheço pouco. Disputei a Taça BH, com o São Paulo, viajei algumas vezes para a cidade, mas não conheço. De toda forma, sempre ouvi dizer que a estrutura é ótima e isso atrai muito o atleta. Fico feliz por isso.
A Libertadores é um grande chamariz?
Com certeza. Disputar um campeonato de alto nível, muito competitivo e disputando com um clube como o Cruzeiro seria um grande sonho, com certeza.
É amigo de algum jogador do atual elenco?
É dada como certa a contratação do Henrique aí? Com ele joguei aqui na Portuguesa, é meu amigo pessoal.
Acompanha o trabalho do Marcelo Oliveira?
Acompanhei o trabalho, principalmente nesses dois últimos anos. Acredito que o jogador não pode enfatizar muito uma posição, precisa ser dinâmico. Acho que posso fazer mais de uma função perfeitamente.
O Cruzeiro perdeu Everton Ribeiro e ainda busca um substituto. Você não é tratado como essa peça. Acha que pode ser?
É difícil de dizer. Acredito que, chegando aí, vou poder mostrar meu futebol e deixa para eles (Cruzeiro) dizerem se posso ou não dar conta do recado (risos).
O Everton teve dois anos fantásticos no Cruzeiro, conseguiu títulos. Vou em busca do meu espaço, mostrar meu futebol. Acredito que não me conheçam muito. Em São Paulo eu tive uma ascensão, mas nacionalmente não sei como é. Acredito que mostrando meu futebol, tudo dará certo. Não que eu vá substituí-lo, mas espero ter o mesmo caminho que ele.
Quais são suas características?
Sou meio-campo, gosto de jogar pelo centro, armar, ficar próximo do atacante. Sou rápido e também chego na frente. Prefiro servir, mas também gosto de marcar e reconheço a importância disso no futebol atual.
Tem uma mensagem para a torcida do Cruzeiro?
Ficaria muito feliz em vestir a camisa do Cruzeiro, se tudo der certo, se Deus quiser. E que eu possa dar muita alegria à torcida cruzeirense.