Revelado pela equipe de Santa Catarina, Grolli foi adquirido pelo Grêmio em 2012. Sem sequência no Tricolor, retornou à Chapecoense no segundo semestre de 2014. Fora dos planos de Luiz Felipe Scolari, o zagueiro seguiria na Arena Condá em 2015. O Grêmio deverá passar parte dos direitos de Grolli ao Cruzeiro para quitar uma dívida criada no empréstimo de Marcelo Moreno ao clube celeste.
À reportagem, o empresário do zagueiro, Daniel Rodrigues, disse que ainda não há uma proposta oficial do Cruzeiro, mas que o acordo está apalavrado. "Conversamos tudo de boca. Não tenho nenhum papel. Se o e-mail com a proposta oficial chegar hoje, viajo a BH amanhã. Se chegar na terça, viajo quarta. Mas tem que chegar", disse o agente.
O Cruzeiro se preocupa em reforçar a zaga principalmente em virtude da baixa de Dedé, que ficará fora da Libertadores após passar por operação no joelho. Outra opção para o setor, Manoel também está no departamento médico da Raposa, com uma lesão na coxa. Paulo André, campeão mundial pelo Corinthians, foi contratado na semana passada e deve assinar com o clube celeste ainda nesta segunda-feira.
Durante o contato com a reportagem, Grolli também comentou sobre a concorrência que encontrará na Toca da Raposa. Companheiro antigo de Fabiano, também recém-contratado pelo Cruzeiro, o zagueiro disse que a adaptação deverá ser facilitada. Já que participou de toda pré-temporada pela Chapecoense, ele está pronto para atuar.
Confira a entrevista completa:
Como foi o processo de negociação? Qual será o tempo de contrato?
Deixamos tudo bem encaminhado, faltam os exames e assinar contrato, mas acho que serão três anos. Fiquei sabendo do interesse e da possibilidade de jogar no Cruzeiro no sábado, através do meu empresário, mas tínhamos um clássico importante e deixei para negociar depois do jogo. Agora encaminhamos a situação.
Quais são suas principais características?
Sou um jogador de muita velocidade e marcação forte. Sempre fui muito empenhado nas agremiações que defendi e a torcida do Cruzeiro, caso a gente acerte, pode esperar muita dedicação. Vou me esforçar muito para que as coisas aconteçam da melhor maneira possível.
É sua primeira Copa Libertadores? Qual a expectativa?
Quando o Grêmio disputou a Libertadores, em 2013, presenciei alguns jogos, mas do banco de reservas. É uma oportunidade muito boa, sonhamos em jogar uma competição como essa. É muito dura, a gente observa a qualidade das equipes sul-americanas, mas esperamos ajudar o Cruzeiro desta vez.
Contando com você, o Cruzeiro acumula 39 jogadores em seu elenco e ainda tem gente para chegar. A Libertadores tem 30 vagas. Está ciente da ‘competição’ que encontrará em Belo Horizonte?
O Cruzeiro vai disputar muitas competições, precisa de um elenco grande e qualificado. Todos estão procurando seu espaço e isso aumenta a responsabilidade e a necessidade de cada um dar o seu melhor. Mas todos têm condições de servir o Cruzeiro da melhor forma.
Cruzeiro passa por um processo de reformulação do elenco. Como vê essa nova estrutura de equipe?
É um processo normal. O Cruzeiro conseguiu ser campeão por dois anos, chegou na final da Copa do Brasil. Quando isso acontece, o jogador fica muito valorizado e acaba vendido. Ficamos felizes pelo sucesso dos companheiros de profissão e esperamos que os novos atletas do Cruzeiro consigam entrosar o mais rápido possível.
Fabiano é seu grande conhecido, não é? Como será reencontrá-lo?
Sim, estivemos juntos na base no profissional da Chapecoense. Conversamos hoje, ele perguntou se eu realmente estava indo, mas disse que ainda faltavam alguns detalhes, exames médicos. Vai ser ótimo reencontra-lo, os jogadores da região aqui (no Sul do país) tem muita afinidade e vai ser bom, se eu acertar, jogar com ele novamente.
Além do Fabiano, conhece alguém do elenco? Já teve contato com o Marcelo Oliveira?
Joguei com o Joel também, no início dele no Londrina. A maioria dos outros jogadores eu já joguei contra. Lembro das disputas com o Leandro Damião, nos clássicos, quando eu estava no Grêmio e ele no Inter.
O que conhece da estrutura do clube?
Treinamos na Toca da Raposa II no ano passado, quando jogamos contra o Atlético aí em Belo Horizonte. A estrutura é muito boa nesse sentido. Dispensa comentários. Dá condição fantástica para qualquer jogador desempenhar bom papel.