“O Egídio era um jogador que pertencia ao investidor. Ele, realmente, negociou o jogador. Nós vamos ter uma participação de vitrine. Ele prestou relevantes serviços, mas o Cruzeiro, no momento, não teve condições de cobrir a proposta que o investidor tinha e tivemos de liberá-lo”, disse Benecy Queiroz, que completou: “Foi negociado”.
Assista a vídeo da TV Alterosa em que o supervisor de futebol confirma a negociação de Egídio:
Já nesta quarta-feira, através do departamento de comunicação do Cruzeiro, o presidente Gilvan de Pinho Tavares, em postura mais cautelosa, informou à imprensa que a negociação ainda não foi finalizada. O clube diz que já há acordo verbal com o empresário Eduardo Uram para a transferência de Egídio.
Desde que o diretor de futebol Alexandre Mattos deixou o Cruzeiro em 31 de dezembro, o clube tem apresentado informações desencontradas sobre transferências. Inicialmente, a diretoria disse que a negociação envolvendo Egídio seria com o Dínamo de Kiev. Entretanto, o Superesportes entrou em contato com empresários ligados ao Leste Europeu, que revelaram que o destino do lateral-esquerdo seria o Dnipro. Alertado pela reportagem, o Cruzeiro retificou a informação.
Após a saída de Mattos, o presidente Gilvan de Pinho Tavares optou por acumular as funções de diretor de futebol. O mandatário não estipula prazo para a chegada de um novo dirigente para o cargo.
No período de fim de ano, as negociações para empréstimo de jogadores ficaram sob responsabilidade do supervisor de futebol Benecy Queiroz. Em 30 de dezembro, a reportagem abordou o dirigente sobre o destino de jogadores que regressam à Toca da Raposa. O dirigente não se recordava para qual clube o volante Uelliton foi cedido. Posteriormente, o Superesportes apurou que o jogador foi emprestado ao Avaí. Nessa terça-feira, o dirigente também foi quem informou a cessão do meia-atacante Elber ao Sport.
Enquanto esteve no cargo de diretor de futebol, Alexandre Mattos fazia interlocução entre o elenco e o presidente Gilvan de Pinho Tavares. Antes da saída, os jogadores pediram a permanência do dirigente, que foi apresentado como executivo do Palmeiras nesta quarta-feira. A opção feita pelo Cruzeiro por não ter um diretor voltado somente para o futebol é uma exceção entre os clubes brasileiros.
Empecilhos para negociações
A saída de Alexandre Mattos criou empecilhos para o Cruzeiro também quanto a negociações com outros clubes. O argentino Lucas Pratto esteve na pauta de contratações da Raposa, mas a saída do dirigente prejudicou a possibilidade de um acordo. Da mesma forma, a negociação com o meia Robinho, do Coritiba, foi paralisada com a decisão de Mattos de deixar o Cruzeiro.
Anunciado pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares, o volante Felipe Seymour poderia ter desembarcado em Belo Horizonte ainda no final de 2014. As negociações eram conduzidas por Alexandre Mattos em contatos com o agente André Cury, que temeu pelo fracasso do negócio com a saída do dirigente. Posteriormente, Gilvan concluiu o acordo para a chegada do atleta por empréstimo de um ano, com opção renovação por mais quatro temporadas.
Para a temporada 2015, o Cruzeiro contratou quatro jogadores: o lateral-direito Fabiano, o volante Seymour e os atacantes Joel e Leandro Damião. Todas as negociações foram encabeçadas por Alexandre Mattos.