BEBIDA NOS ESTÁDIOS
Gilvan Tavares pede e Anastasia se mostra favorável a retorno de cerveja ao Mineirão
Presidente entende que violência das torcidas organizadas não está atrelada à bebida
postado em 04/12/2013 16:10 / atualizado em 04/12/2013 16:29
Gilmar Laignier /Superesportes , Gustavo Andrade /Superesportes
O torcedor que frequenta o Mineirão pode voltar a ter uma antiga companheira para assistir aos jogos no estádio: a cerveja. A iniciativa partiu do presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, que concluiu que a violência nos estádios não está diretamente atrelada à proibição de bebida, mas sim às facções organizadas.
A cerveja foi proibida no Mineirão em 2007 e, de fato, pouca coisa mudou no cenário de violência entre torcidas. De lá para cá, pelo menos três torcedores morreram em brigas, além de inúmeras ocorrências policiais com pessoas gravemente feridas.
”Já até conversei com governador, tem muita coisa que é preciso fazer. Uma delas, na minha opinião, é voltar a ter a venda de bebida dentro do Mineirão. Aquela bebida que é tomada fora do estádio faz com que a torcida chegue muito mais cedo. Chegam de manhã e bebem até a hora do jogo, ou até depois dos jogos”, explicou Gilvan.
”O governador é favorável. É preciso trabalharmos em conjunto. É o Ministério Público que não permite. Nunca houve tanta confusão quanto agora, quando se parou vender bebida no estádio”, completou.
O presidente aproveitou para criticar os integrantes das facções Máfia Azul e Pavilhão Independente, que protagonizaram cenas de selvageria do lado de fora do Mineirão, depois da partida contra o Bahia. Por causa da briga, a festa pelo tricampeonato precisou ser cancelada.
”É necessário que a gente encare de forma diferente esses vândalos, que não são torcedores. É preciso acabar com eles. Se não é possível conviver com eles, temos de acabar com eles. A sociedade não é obrigada a aguentar isso, senão daqui a pouco não temos mais torcida nos estádios”.
A possível liberação da venda de cerveja no Mineirão provavelmente se estenderia ao Independência. Em algumas grandes arenas do Brasil, como a Fonte Nova, em Salvador, a comercialização da bebida é permitida.
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