Neste domingo, pela primeira vez desde que deixou a Toca da Raposa, Montillo foi adversário do Cruzeiro. Muito vaiado no empate por 0 a 0 no Mineirão, o meia do Santos diz que já esperava por essa reação da torcida cruzeirense e comentou sobre sua transferência para o clube paulista. Segundo o jogador argentino, a decisão pela saída foi tomada em conjunto com a diretoria do clube mineiro, que precisava do dinheiro para fazer contratações.
“(A decisão) foi compartilhada. Foi compartilhada com a diretoria. O Cruzeiro estava passando por um mau momento financeiro, a oportunidade era boa para mim. Não vou fugir, falando que foi a diretoria. Foi compartilhada. Compreendi que o Cruzeiro precisava contratar e assim foi. Dos jogadores que estavam em campo, quantos jogaram comigo no ano passado? Tem oito, nove jogadores novos. Isso fala que o Cruzeiro estava precisando de verdade do dinheiro”, afirmou Montillo.
Da equipe titular do Cruzeiro neste domingo, apenas o goleiro Fábio, o lateral-direito Mayke e o atacante Martinuccio foram colegas de Montillo no Cruzeiro. Sete jogadores foram contratados após a transferência do meia para o Santos. A exceção é Vinícius Araújo, que saiu das categorias de base do clube celeste.
Montillo foi negociado com o Santos por 10 milhões de euros. O Cruzeiro ainda recebeu os direitos econômicos do volante Henrique, que já havia passado pelo clube. A transação foi finalizada em 3 de janeiro e o meia não concedeu entrevista de despedida. Neste domingo, o antigo camisa 10 justificou a rápida saída.
“Saí, vim me despedir dos companheiros e funcionários. Não tive a oportunidade de me despedir da torcida, porque foi muito rápido. Lá no Campeonato Paulista, você começa mais cedo a trabalhar. Se fala tanta coisa que não gosto de fazer questão de nada. Mas agora já foi. É um tempo passado, o Cruzeiro está muito bem, de parabéns, com um time arrumado. Tomara que, no Santos, a gente possa continuar melhorando. O time teve melhora do jogo do Barcelona até aqui”, observou.
Apesar de muito vaiado, Montillo elogiou a torcida do Cruzeiro. “Meus amigos falaram para mim. É normal, sabia que poderia ser vaiado. Agora estou defendendo outra camisa. Futebol é assim. A torcida é a cor do futebol. E eles estão de parabéns, porque só vaiaram e não passaram disso”, disse.
O meia argentino disse ter saudade de ex-companheiros do Cruzeiro. “Agora sou jogador do Santos. Tenho saudades dos amigos que deixei em todos os times onde joguei. Mas agora jogo pelo Santos e minha carreira está aqui”.