Roth disse ter nas mãos um elenco em formação, com algumas posições ainda carentes, e lembrou que as declarações do presidente geraram intranquilidade na comissão técnica.
”Nós viemos fazendo um trabalho, até certo ponto, a meu ver, bem equilibrado. Estamos com derrotas, estamos, mas o time tem os seus problemas, tem os seus desequilíbrios. Nós viemos tentando administrar isso, e demonstra, infelizmente, um momento que deixa todos os profissionais que estão trabalhando, tentando fazer o melhor, com um ponto de interrogação publicamente perigoso. Isso certamente não é bom, não deixa a gente ter a tranquilidade normal para poder trabalhar”, disse Celso Roth ao canal pago Premiere.
Em outra entrevista, concedida à Rádio Itatiaia, Roth alfinetou a diretoria ao lembrar que, em grande parte do Brasileiro, não teve laterais de origem. No lado direito, por exemplo, o experiente Ceará foi contratado, mas ficou longo tempo em fase de condicionamento físico e, posteriormente, contundido. Por isso, ele precisou improvisar o zagueiro Leo no setor. Já na lateral esquerda, o meio-campista Everton ainda é titular, pois não há um especialista.
Na sexta-feira, na Toca da Raposa II, Roth se defendeu ao lembrar que, um clube de ponta, como o Cruzeiro, deveria ter ao menos dois jogadores por posição. Neste domingo, antes da partida contra o Vasco, ele insistiu no tema ao falar do retorno de Ceará ao time. “É jogador da posição. Não tenho jogador (na direita) e não tinha na esquerda, apesar de o Everton estar fazendo excelentes partidas. Mas (o Ceará) é um jogador da posição”.
Ceará só atuou em sete dos 16 jogos realizados pelo Cruzeiro desde que ele foi contratado. (UAI)