Cruzeiro

Cruzeiro deslancha no fim, vence a segunda seguida e fica perto do G4

Time celeste faz três gols nos últimos 15min e goleia o Náutico no Independência

Vicente Ribeiro

Depois de um primeiro tempo pouco objetivo, Cruzeiro, de Tinga, deslanchou na etapa final

Foi na base da vontade e do sufoco, mas o Cruzeiro manteve o bom momento no Campeonato Brasileiro. O time celeste conquistou a segunda vitória consecutiva ao bater o Náutico por 3 a 0, na noite deste domingo, no Estádio Independência. Os gols foram de Borges, Elber e Wellington Paulista, todos no segundo tempo.


Não foi uma grande exibição do Cruzeiro, mas, a exemplo dos jogos anteriores, a equipe celeste se valeu da aplicação e persistência para somar mais pontos importantes no Brasileiro. Depois de um primeiro tempo pouco efetivo, o time azul deslanchou na etapa final, com gols nos últimos 15min. Como prêmio, chegou a 34 pontos, em sexto lugar, ‘colou’ no São Paulo (quinto) e está a quatro pontos de alcançar o Vasco no G4.

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O Cruzeiro terá a chance de ampliar a sequência positiva na próxima rodada, já que voltará a atuar no Independência. O adversário será o Botafogo, quarta-feira que vem, às 22h. Já o Náutico, que vinha de quatro partidas sem derrota, teve a série invicta interrompida e buscará a reação diante do Vasco, nos Aflitos, no mesmo dia, às 19h30.

O jogo

Em busca da segunda vitória consecutiva, o Cruzeiro apostava tudo no fator campo. Com a torcida a favor, a expectativa era de um resultado favorável em casa. Mas o time celeste esbarrou no bom sistema defensivo do Náutico, que não deu espaço aos atacantes adversários. E os estrelados foram prejudicados pelos próprios erros, especialmente na transição para o setor ofensivo.

O Náutico mostrou a que veio logo no começo. Com um time bem fechado na defesa, saía em velocidade para os contra-ataques, coordenados pelo experiente Araújo, ex-Cruzeiro. Tanto que a torcida azul passou por sustos seguidos. A sorte é que faltou pontaria aos jogadores do Timbu. E Fábio estava atento nas bolas aéreas.

Sem o argentino Montillo, o Cruzeiro sofria para armar as jogadas de frente. O maior pecado eram os erros de passe, o que levava o atacante Borges a abandonar a área para buscar a bola. Com Souza no lugar do argentino, a característica da equipe mudou, já que o substituto procurava as bolas esticadas, deixando a saída lenta.

Souza disputa bola no meio-campo: armador teve muito trabalho na criação dos lances
O Cruzeiro melhorou nos 15min finais do primeiro tempo. Mesmo assim, na base da vontade e das bolas aéreas. Em jogada trabalhada, a melhor oportunidade celeste foi aos 33, quando Everton penetrou na área e tocou em cima do goleiro. No rebote, Borges cabeceou por sobre a meta. Em seguida, aos 35, depois de cobrança de escanteio pela direita, Léo se antecipou e cabeceou com muito perigo. A bola passou rente à trave direita de Gideão.

Alívio com gols

O Cruzeiro voltou pressionando no segundo tempo, enquanto o Náutico ficou encolhido, à espera da oportunidade para o bote. Mas o time celeste não tinha muita contundência no ataque e, mesmo com o domínio territorial, a equipe da casa pouco ameaçava o goleiro do Timbu. Do outro lado, Fábio era um mero espectador, diante da apatia ofensiva do adversário.

O técnico Celso Roth mexeu pela primeira vez, sacando Charles, lesionado, por Wellington Paulista. Com mais um homem incomodando a defesa pernambucana, o Cruzeiro ganhou em agressividade. Aos 19, Borges insistiu na jogada, mas chutou fraco e facilitou para Gideão. Em seguida, Everton pegou bem de fora da área e o goleiro espalmou a escanteio.

A pressão do Cruzeiro surtiu efeito aos 29min. Everton bateu falta pela direita, a bola se ofereceu para cabeçada precisa de Borges, sem chance para Gideão: 1 a 0. Alívio e injeção de ânimo para a torcida, que já estava preocupada com a pouca efetividade da equipe. O Náutico partiu para a reação de forma imediata, mas Kim perdeu uma chance incrível, aos 36, depois de grande lance de Romero, pela esquerda.

O alívio definitivo para a torcida veio aos 41min. Elber, que entrara pouco antes, na vaga de Wallyson, premiou a boa atuação com um bonito gol. Ele recebeu de Everton na área e emendou um chutaço, que acertou o ângulo direito de Gideão: 2 a 0. Vitória garantida, mas ainda teve mais. Aos 45, Tinga cruzou da direita e Wellington Paulista, livre, só completou: 3 a 0.

CRUZEIRO 3 X 0 NÁUTICO


Cruzeiro
Fábio; Léo, Mateus, Rafael Donato e Everton; Leandro Guerreiro, Charles (Wellington Paulista), Tinga e Souza; Wallyson (Elber) e Borges (Sandro Silva)
Técnico: Celso Roth

Náutico
Gideão; Ronaldo Alves, Jean Rolt e Alemão; Patric, Dadá (Romero), Souza, Martinez, e Lúcio (Rogerinho); João Paulo e Araújo (Kim)
Técnico: Alexandre Gallo

Motivo: 21ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte
Data: domingo, 02 de setembro de 2012
Gols: Borges, aos 29min, Elber, 41, e Wellington Paulista, 45 do 2ºT
Árbitro: Elmo Alves Resende Cunha (GO)
Assistentes: Christian Passos Sorence (GO) e Ediney Guerreiro Mascarenhas (RJ)
Cartões amarelos: Rafael Donato, Ronaldo Alves, Leo (CRU); Patric, Jean, Kim, Martinez (NAU)
Cartão vermelho: Kim
Público: 11.673 pagantes
Renda: R$ 223.985