O Cruzeiro vinha de derrotas para Ponte Preta, em casa, e Santos, fora. E precisava reagir para não se distanciar do pelotão de frente do Brasileiro. O técnico Celso Roth apostou em uma formação diferente. E, mesmo passando sustos no segundo tempo, o time conquistou o resultado que precisava. O gol antes dos dez minutos de jogo contribuiu para o triunfo, já que o Bahia, nervoso, sentiu a cobrança da torcida e errou muitos passes.
Com 26 pontos, o Cruzeiro espera confirmar a fase de reação na próxima rodada, quando terá um difícil compromisso diante do Fluminense, quarta-feira que vem, às 19h30, no Independência. Já o Bahia, que completou o quarto jogo consecutivo sem triunfo e está na zona do rebaixamento, com 13 pontos, tentará encerrar o jejum como visitante no duelo contra a Ponte Preta, na mesma data, às 20h30, em Campinas.
O jogo
Precisando da vitória para apagar a sequência ruim no Brasileiro, Bahia e Cruzeiro tinham como proposta fazer um jogo aberto no Pituaçu. Sem vencer nas últimas três rodadas, o Tricolor jogava pressionado a reagir em casa. E o time celeste, com duas derrotas consecutivas, buscava acertar a marcação, principalmente no meio-campo, para ter mais tranquilidade no momento de agredir o adversário.
Depois que Fábio trabalhou logo aos 3min, o Cruzeiro teve a sorte e a competência a favor para abrir o placar. Ceará subiu pela direita e cruzou; a zaga afastou mal e a bola sobrou justamente para Montillo. O camisa 10 celeste dominou e chutou no canto direito de Marcelo Lomba: 1 a 0, logo aos 9min. Uma vantagem importante para os visitantes.
O Bahia tentou erguer a cabeça e reagir. Zé Roberto era a principal opção ofensiva do Tricolor, sempre caindo pela direita, nas costas de Marcelo Oliveira. Em um lance desse tipo, ele cruzou para Rafael, que dominou na área e chutou para defesa firme de Fábio. A equipe da casa buscou a pressão, mas falhou no momento de concluir as jogadas.
Já o Cruzeiro ficou ainda mais perigoso nos contra-ataques e teve a chance de ampliar aos 35min. Montillo aproveitou erro de Diones, recuperou a bola e cruzou da esquerda. Borges chegou livre, em condição de mandar a bola para as redes, mas errou e alvo e perdeu o chamado ‘gol feito’. Era a grande chance de a equipe mineira ganhar mais tranquilidade e se aproximar da vitória. Mas ficou para o segundo tempo.
Defesa firme
Na etapa final, o Bahia voltou mais ofensivo. Lulinha substituiu Fabinho, com o objetivo de deixar a equipe mais efetiva no setor ofensivo. No Cruzeiro, o técnico Celso Roth trocou um atacante, Borges, por outro, Anselmo Ramon. Mas o time mineiro perdeu o gás na frente, enquanto os donos da casa cresceram de produção. O árbitro Wilton Pereira Sampaio assustou o Tricolor ao mostrar cartão vermelho a Fahel. Mas voltou atrás e aplicou apenas o amarelo, reconhecendo o erro.
O Cruzeiro começou a perder o duelo no meio-campo, já que o Bahia avançou a marcação e partia com tudo. Mas a defesa celeste se virava bem para aliviar a jogada aérea do adversário, que insistia com seguidos cruzamentos. O time celeste não se encontrava na ligação para o ataque. Tanto que o primeiro arremate na etapa final só saiu aos 31min, com Charles, que ainda chutou longe da meta.
O Bahia procurava tocar a bola, mas demonstrava certo nervosismo com a pressão da torcida, que cobrava a chegada de reforços. Com isso, os erros eram seguidos e as jogadas não saíam com objetividade. E quando os tricolores acertavam, a zaga celeste trabalhava bem. A equipe de Salvador não conseguiu traduzir a superioridade na etapa final em gols. E o Cruzeiro comemorou a reação fora de casa, ganhando novo impulso para voltar a brigar por um lugar no G4.
Veja o gol da vitória celeste:
BAHIA 0 x 1 CRUZEIRO
Bahia
Marcelo Lomba; Diones (Gil Bahia), Danny Morais, Titi e Hélder; Fahel, Fabinho (Lulinha), Mancini e Zé Roberto; Gabriel e Rafael (Caio)
Técnico: Caio Júnior
Cruzeiro
Fábio; Ceará (Diego Renan), Leo, Thiago Carvalho e Marcelo Oliveira; Leandro Guerreiro, Charles, Lucas Silva e Montillo (Souza); Wellington Paulista e Borges (Anselmo Ramon)
Técnico: Celso Roth
Motivo: 16ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Pituaçu, em Salvador
Data: 10 de agosto
Gol: Montillo, 9min do 1ºT
Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO)
Assistentes: Rodrigo Pereira Joia (RJ) e Dibert pedrosa Moisés (RJ)
Cartões amarelos: Charles, Marcelo Oliveira, Leo, Thiago Carvalho (CRU); Titi, Fahel, Gabriel, Danny Morais (BAH)