O médico do São Paulo, José Sanchez, chegou a atribuir as lesões de Fabrício à preparação do jogador no fim do ano passado, pelo Cruzeiro. ”Não podemos esquecer a forma como ele terminou o ano passado no Cruzeiro. Jogou as últimas cinco partidas no sacrifício, tomando medicação para ajudar o time, que precisava muito. Saiu orientado para fazer repouso durante as férias”, disse.
O médico do Cruzeiro, Sérgio Freire Júnior, rebateu e esclareceu que a preparação de Fabrício no clube celeste não influencia em sua atual condição.
“Na verdade não cabe bem, porque o atleta veio, em todo o final da temporada, dosando as atividades em treinos, devido ao histórico de lesões que ele tem, e por ter se submetido a uma cirurgia de púbis no começo do ano, o que envolve uma evolução sempre cuidadosa. Ele se apresentou ao São Paulo e no decorrer dos dias, se queixou de uma dor no tornozelo esquerdo, na qual ele citou ter recebido um pisão no último jogo, contra o Atlético-MG, no Campeonato Brasileiro. Ele sequer nos relatou esse fato ao final da partida e saiu de férias. Com isso, ele demorou a iniciar atividades efetivas na pré-temporada. Depois disso, ele teve uma lesão na panturrilha direita, ou seja, do outro lado da queixa inicial, o que não tem relação com a outra lesão. Com isso, creio que desmistifica essa correlação”, avaliou Freire Júnior.
“Queríamos deixar bem claro que enviamos o histórico do atleta para o São Paulo e não tinha nenhum quadro que o impedisse de atuar e consideramos que ele vinha tendo totais condições de desempenhar o futebol. Temos a obrigação de falar sobre o Fabrício, que é um atleta muito aplicado e intenso em tudo que faz. Não podemos ver as pessoas dizendo que colocamos o atleta em campo sem condições de atuar. Fizemos todo o trabalho, todo o processo com ele, com a consciência completamente limpa de que ele tinha condições de atuar, claro que com cuidados, como existe em várias circunstâncias do futebol profissional”, completou.