Cruzeiro

Apesar de reação com dois meias, Mancini sinaliza manutenção do 4-3-3 no Cruzeiro

Treinador avalia que evolução com Roger no clássico foi por mudança de atitude

Mancini diz que apatia no clássico não deve ser atribuída à formação
No empate em 2 a 2 com o Atlético, Vágner Mancini escalou o Cruzeiro com três atacantes pelo sexto jogo consecutivo. A equipe saiu em desvantagem enquanto estava com o esquema 4-3-3 e reagiu após o treinador optar por utilizar quatro homens no meio-campo. A evolução do time celeste com dois meias, entretanto, não deve mudar a formação para os próximos jogos.


Para Mancini, a reação do Cruzeiro no clássico contra o Atlético não tem relação com a mudança do esquema com três atacantes para o 4-4-2. “De forma alguma. Esse esquema vai ser mantido até que eu ache que vale a pena. Nós não devemos atribuir ao sistema de jogo aquela apatia do início de jogo. Se tivéssemos entrado com mais um jogador no meio-campo, poderíamos ter tido isso. Então não vamos atribuir ao esquema, mas à atitude de cada um, que foi diferente no segundo tempo. Se eu tivesse voltado com mais um atacante em vez de mais um meia, talvez a gente teria a mesma performance”, analisou.

Depois de o Atlético abrir 2 a 0 no primeiro tempo, Mancini fez duas substituições no intervalo. Entraram o meia Roger e o volante Everton, que atuou como lateral-esquerdo, nas vagas de Wallyson e Marcos, respectivamente. Com a nova formação, o Cruzeiro buscou o empate por 2 a 2.

Além das substituições, Vágner Mancini apontou os motivos para o Cruzeiro ter reagido diante do rival. “A cobrança que houve no intervalo. Nós sabemos que aquele não era o nosso time. Disse a eles, cobrei mais empenho. Num momento como esse, o cara volta para o segundo tempo renovado, com mais energia. Mas, além de tentar chegar ao empate, nós tínhamos de frear uma equipe que foi muito rápida no começo do jogo, mas que, ao longo do jogo, com a imposição do Cruzeiro, caiu no segundo tempo”, observou.

O Cruzeiro disputou os últimos seis jogos com três atacantes. Até o clássico deste domingo, a equipe celeste havia vencido todos as partidas com trio ofensivo. Nesses cinco jogos, a Raposa marcou 17 gols (média de 3,4 gols por jogo) e sofreu apenas um.

Na semana de preparação para o clássico, Vágner Mancini ainda fez mistério sobre a possibilidade de abdicar do esquema com três atacantes, sacar Wallyson e utilizar o meia Roger, que não jogava há um mês. Porém, o treinador confirmou a formação no 4-3-3 para iniciar o jogo contra o rival.