“É uma dúvida, a gente está tentando ao máximo estudar o Atlético e fazer o que nos leve à vantagem. Por isso, chamei os dois atletas. Eles têm ciência do eque está sendo feito em termos de estratégia”, afirmou Mancini, que admitiu a intenção de deixar o técnico atleticano Cuca em dúvida sobre a escalação do Cruzeiro.
“O glamour de um jogo desse é justamente em cima de certo mistério. É natural que haja isso. Normalmente, não temos hábito de fazer isso em outros jogos. Mas em um grande jogo, isso é natural”, acrescentou.
Em coletivo nesta sexta-feira, o treinador testou as duas formações. Inicialmente, Mancini escalou os titulares no esquema 4-4-2, com Roger na armação de jogadas ao lado de Montillo. Durante a atividade, Wallyson substituiu Roger e o time celeste voltou a ter três atacantes.
A formação com um trio ofensivo foi utilizada por Vágner Mancini nos últimos cinco jogos. Vitorioso em todas essas partidas, o Cruzeiro marcou 17 gols (média de 3,4 por jogo) e sofreu apenas um.
Nesse período, Mancini não pôde utilizar a dupla de meias formada por Montillo e Roger, que não joga desde 7 de março. O meia brasileiro passou quase um mês em recuperação de um estiramento na panturrilha direita.
Mancini justificou a possibilidade de abdicar do esquema 4-3-3 e voltar a usar dois meias. “A mudança é estratégica a partir do momento que a gente sabe como joga o inimigo. Isso pode ser usado desde o início ou ao longo do jogo. O fato de ter mais um jogador no meio de campo muda, de certa forma, a estrutura de seu adversário, porque hoje o Atlético joga sem o quarto homem no meio. Então teria de usar alguém do habitat natural. Essa dúvida, a gente quer gerar para eles”, explicou.
Com dois meias ou três atacantes, o Cruzeiro precisará superar o Atlético no domingo para assumir a liderança do Campeonato Mineiro. A equipe celeste soma 24 pontos, três a menos que o arquirrival.