Cruzeiro

Mineirão aposta em maximização de receitas para os clubes como atrativo

Potencialização do sócio-torcedor dos clubes é um dos trunfos do Gigante da Pampulha

Thiago de Castro

Perspectiva das obras de reformulação do complexo Mineirão e Mineirinho e a Pampulha

A modernização do Independência e as vantagens financeiras para, principalmente, América e Atlético jogarem no Horto, pressionaram o consórcio Minas Arena, que administrará o Mineirão.


Com o risco de ter uma quantidade pequena de jogos no Gigante da Pampulha a partir de sua reabertura, o Minas Arena começou o seu trabalho de bastidores para atrair o interesse de Atlético e Cruzeiro e aposta em vantagens econômicas como grande aliada.

“É maximizar as receitas dos clubes, sem logicamente também deixar de pensar na receita dos negócios, porque o Mineirão está sendo construído com a receita da concessionária. Então, nós temos que retornar o investimento que estamos fazendo”, afirma o diretor-presidente do consórcio, Ricardo Barra.

Um dos grandes diferenciais que será explorado pelo Minas Arena, do Mineirão em relação ao Independência, é a capacidade de torcedores. O estádio da Pampulha comportará 66 mil espectadores, contra 25 mil do Horto. Desta forma, os sonhados projetos mais avançados de sócio-torcedores seriam melhor potencializados no Mineirão.

É o que explica Ricardo Barra, ao ser questionado sobre as maneiras de maximizar as receitas dos clubes no estádio. “Tem várias formas. O estádio pode ser um fator impulsionador do programa de sócio torcedor dos clubes, por exemplo. É uma forma também de eles terem uma receita. Na hora que tiver um estádio em condição de acomodar bem seus torcedores, com capacidade de absorver um maior número de torcedores, através do programa de sócio torcedor, já é uma maneira de maximizar receita. Outras serão estudadas ainda”.

Ricardo Barra, do Minas Arena
O presidente Gilvan de Pinho Tavares, do Cruzeiro, afirmou que museus e outros benefícios, como um memorial, também estão na negociação com o consórcio e podem ser importantes financeiramente.

O discurso oficial de Alexandre Kalil, presidente do Atlético, e de Ricardo Barra é de que a mesma proposta será formatada tanto para Galo quanto Raposa. Desta forma, os detalhes apresentados pelo mandatário celeste também podem estar presentes na negociação com o clube alvinegro.

“Existe uma intenção de negociar com os clubes. Vamos apresentar uma proposta de trabalho para os clubes dentro do Mineirão. O estádio tem muitas possibilidades de ajudar os clubes alavancarem os seus negócios, inclusive os resultados esportivos. E vamos fazer isso de forma que tenha espaço para todos. Não há nenhuma predileção por algum clube ou agremiação. Daremos o tratamento de parceria a todos os clubes”, ressalta Ricardo Barra.

O América também será convidado para negociar com o Minas Arena. A reunião está pré-agendada para a próxima quinta-feira. “Vamos conversar com o América também. Ele também precisa do Mineirão e nós precisamos do América. O Mineirão é dos mineiros. Quem tiver interesse de conversar, nós vamos conversar”, observa o diretor-presidente do Minas Arena.