O goleiro Fábio assumiu a postura de capitão do time, nesta quarta-feira, concedeu entrevista coletiva na Toca da Raposa II e falou, entre outros assuntos, sobre a atitude polêmica de Gilberto no aeroporto e a fase ruim do Cruzeiro no Brasileirão. Fábio preferiu não polemizar a discussão de Gilberto com torcedores, quando o veterano pediu que a torcida cobrasse mais do goleiro e do meia Roger.
”Não tive a possibilidade de conversar com o Gilberto. Se ele citou (meu nome), foi um pouco infeliz. Para mim, não tem problema nenhum, nunca teve. Estou aqui há sete anos e a responsabilidade sempre assumo, não é de hoje. Não é por isso que vou citar ou deixar de citar alguém. A responsabilidade, tanto na vitória quanto na derrota, é dos jogadores que têm personalidade e responsabilidade e chamam essa responsabilidade. Eu nunca fugi disso. A responsabilidade é para quem tem personalidade e é vencedor. Para mim, a responsabilidade é minha e vou fazer de tudo para o Cruzeiro voltar a vencer”, disse o goleiro.
“Eu como torcedor cruzeirense, estou mais chateado ainda, porque o Cruzeiro não pode estar nessa situação. A gente vai se cobrar. Estou me cobrando cada vez mais, tentando cobrar o grupo, incentivar também, porque queremos o mesmo objetivo de estar sempre à frente, independente de quem vai jogar. A responsabilidade é para quem tem personalidade e é vencedor. Para mim, a responsabilidade é minha e vou fazer de tudo para o Cruzeiro voltar a vencer”, completou Fábio.
O goleiro comentou o fato de a diretoria cobrar do grupo por resultados melhores. Para ele, os atletas que não tiverem identificação com o Cruzeiro e atitude dentro de campo devem deixar o clube.
”A equipe não está tendo prazer de jogar, gana de entrar em campo. Isso é fundamental. Isso faz com que a gente não consiga vitórias, como está acontecendo. Temos de ter atitude de homem, de quem quer fazer o melhor, independente de idade e de nome. Tem de estar aqui quem quer jogar, quer vestir a camisa, quem estiver com vontade de ir para o jogo independentemente do adversário. Tem de estar aqui quem tem identificação com o clube, quem não tem (identificação), tem que pedir para ir embora, se motivar de outra forma”, disparou.
Por fim, o capitão cruzeirense avaliou que não há racha no grupo cruzeirense, mesmo depois das declarações de Gilberto. “Cada um tem amizades fora de campo, amigos mais íntimos, isso é normal em todas as profissões. Dentro de campo, a gente não aceita isso. Tem sempre de fazer o melhor para o Cruzeiro, independentemente se fora de campo não tenha amizade. Com o Gilberto, no meu ponto de vista, foi entendido errado. Ele quis dizer que responsabilidade tem de ser dividida. Aqui é um grupo e os experientes têm de ter mais cobranças e aceitá-las. Eu aceito a minha e vou ajudar o Cruzeiro”.