O campeão do torneio Clausura do Paraguai já foi derrotado pelo Deportes Tolima por 1 a 0, na Colômbia, na primeira rodada do Grupo 7, e certamente adotará uma postura bastante defensiva na Arena do Jacaré, na próxima terça-feira, a partir das 19h15.
O meia Roger, autor do segundo gol sobre o Estudiantes, na semana passada, lembra que os argentinos vieram para jogar futebol e, esse detalhe, facilitou a estratégia do Cruzeiro de jogar nos contra-golpes.
Na terça-feira, será diferente. “Vai ser muito mais complicado. O jogo com o Estudiantes, apesar de ser um clássico sul-americano, o adversário vem para jogar bola também. E a gente fez um gol no início, fazendo com que a equipe argentina saísse e tentasse empatar o jogo. Quando tem um clássico, os times não jogam para empatar, para ficar só se defendendo. E acredito que esse time do Paraguai vai vir para se defender e para buscar um pontinho”.
Jogo de xadrez na Arena
O papel do torcedor contra o Guaraní será apoiar e compreender uma possível dificuldade para se marcar o primeiro gol. “A gente tem que ter paciência, trabalhar bem essa bola, rodar de um lado para o outro, e tentar fazer o gol o mais rápido possível, para que a partida se torne um pouquinho mais agradável. Contra time fechado é um jogo chato, o torcedor não gosta muito, mas a gente tem que passar por cima desses obstáculos”, acrescentou o meia.
Na preleção do Guaraní, o técnico argentino Carlos Compagnucci certamente mostrará aos seus jogadores o tape da vitória cruzeirense sobre o Estudiantes. Isso, na opinião de Roger, deve dificultar a partida para quem se destacou na última semana. “O time fez uma excelente apresentação, mas a gente sabe que isso não vai ser toda hora, principalmente porque as outras equipes, quando enxergam uma atuação nossa daquela maneira, começam a tomar as devidas precauções, marcações individuais, por setor, sempre mais forte”.
Raça com técnica, a grande receita
Como o jogo com o Estudiantes se tornou um parâmetro positivo, o desafio do Cruzeiro de agora em diante, na Copa Libertadores, será aliar a mesma garra à eficiência em todos os setores da equipe. “A gente pode até perder um jogo, mas a entrega, a garra, até o final, tem que ser 100%. Se a gente puder aliar isso tudo com muita qualidade, aí o time se torna praticamente imbatível, como foi o de quarta-feira. A gente não sabe quem vai jogar, o nosso treinador deve ter visto a equipe do Guaraní jogando e, em cima disso, ele vai escalar o que tem de melhor para esse jogo”, finalizou Roger.
Na opinião do atacante Thiago Ribeiro, o que tornou a partida com o Estudiantes mais fácil foi o gol marcado por Wallyson logo aos 54 segundos. Ele desmontou a estratégia do adversário. Como marcar tão prematuramente é raro, deve-se esperar outro panorama contra os paraguaios.
“Aquele gol do Wallyson mudou todo o cenário do jogo, que acabou se tornando fácil. Temos que ter cuidado com esse jogo seguinte agora, porque às vezes o jogo que você acha que vai ser mais tranquilo, pode complicar. O segredo é entrar em campo com a mesma determinação vista diante do Estudiantes. Se a gente mostrar a mesma vontade, a vitória vai vir”, disse, otimista. (UAI)