postado em 07/12/2010 02:29
/ atualizado em 23/08/2016 14:11
Bruno Furtado Do Rio de Janeiro
Sandro Meira Ricci foi vaiado no Rio, mas saiu tranquilo
A polêmica arbitragem de Sandro Meira Ricci na partida entre Corinthians e Cruzeiro ocorreu em 13 de novembro, no Pacaembu, mas ainda repercutiu bastante na entrega do troféu Craque do Brasileirão 2010, na noite desta segunda-feira, no Rio de Janeiro.
Meira Ricci venceu a eleição do melhor árbitro, que tinha ainda como concorrentes o gaúcho Carlos Eugênio Simon, e o paulista Paulo César de Oliveira. Mas, ao subir ao palco para receber o prêmio, ele foi vaiado com muita veemência pelo público.
O motivo? O favorecimento, mesmo que não intencional, ao Corinthians na partida, ao marcar um pênalti duvidoso de Gil sobre Ronaldo, o que resultou em gol e na vitória dos paulistas.
Naquele mesmo jogo, o Cruzeiro reclama a não marcação de três pênaltis, também duvidosos, e de duas faltas claras, na entrada da grande área corintiana. Os auxiliares também prejudicaram os celestes com a marcação de três impedimentos inexistentes.
Após a cerimônia, Meira Ricci foi ouvido pelo Superesportes e culpou a imprensa pela grande polêmica que se formou no caso. “Na verdade, a polêmica foi gerada, não foi polêmica que eu criei e sim uma polêmica artificial. E a temporada acabou de maneira satisfatória, a premiação veio a coroar uma temporada. Ficar ao lado de Simon e Paulo César já foi motivo de orgulho e agora é continuar trabalhando firme, sério, com honestidade, para que no ano que vem a gente venha a representar a arbitragem novamente”, disse.
O constrangimento causado pelas vaias foi, aparentemente, superado pelo árbitro mineiro de Poços de Caldas, que representa a Federação do Distrito Federal. “É natural. Há três anos, o Simon, talvez o maior árbitro brasileiro da história, foi vaiado aqui também. Quem sabe daqui a três anos vou ser aplaudido aqui também”, respondeu.
Sobre os lances capitais que decidiram a partida entre Corinthians e Cruzeiro, Sandro Meira Ricci declarou que marcaria tudo novamente. “A opinião continua a mesma, mas o importante é minha consciência. Eu estou bem tranqüilo, os analistas de arbitragem fizeram infinitas análises, o que interessa é continuar treinando e vir no ano que vem ainda mais forte”.
Na saída do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Sandro Meira Ricci passou por outro momento desconfortável ao se deparar com dirigentes e jogadores do Cruzeiro presentes na premiação. (UAI)
