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Sagas de Argentina e Croácia no futebol já viraram até documentário

Seleções de Argentina e Croácia, que decidem hoje uma das vagas na final da Copa do Mundo do Catar, tiveram suas histórias contadas em filmes

13/12/2022 08:35 / atualizado em 13/12/2022 09:02
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Série produzida pela Netflix conta, em três episódios, a saga alviceleste na conquista da Copa América de 2021, no Brasil
foto: reprodução/Netflix

Série produzida pela Netflix conta, em três episódios, a saga alviceleste na conquista da Copa América de 2021, no Brasil

Doha - A primeira semifinal da Copa do Mundo no Catar é protagonizada por duas seleções cinematográficas. Ambas viraram roteiro de filme e mereceriam concorrer ao Oscar da Bola de melhor documentário se houvesse essa categoria no badalado Fifa The Best, a festa anual de gala da Fifa para distribuir premiações individuais e coletivas.



Renascida em 1991 depois da independência da extinta Iugoslávia, a Croácia é tema de um filme embargado por direitos de imagem da Fifa.

Produzido pelos mexicanos Edson Ramírez, Alfredo Sánchez e Jorge Linares, a película Vatreni foi lançada antes da estreia da seleção na campanha do vice na Rússia, em 2018, mas pouquíssimo assistiram por restrições impostas pela entidade máxima do futebol.

A Argentina também é longa. Campeã continental em 2021, no Maracanã, a seleção virou a série Sejam Eternos: campeões da América.

Hoje, às 16h (de Brasilia), no Estádio Icönio de Lusail, os dois países decidirão qual deles entrará em cartaz no próximo domingo na finalíssima contra França ou Marrocos.



Se quiserem, os técnicos Lionel Scaloni e Zlatko Dalic podem usar uma sessão de cinema com direito a pipoca para pilhar os artistas Lionel Messi e Luka Modric nas respectivas preleções antes da partida.

Em 2021, a Argentina derrotou o Brasil por 1 a 0, no Maracanã, conquistou a Copa América e encerrou 28 anos de jejum. A esquadra principal não ganhava nada desde 1993 e saiu do Maracanã com o troféu graças ao gol de Ángel Di María. 

O impacto da conquista foi imediata. A plataforma de streaming Netflix produziu uma série dividida em três episódios para contar a saga alviceleste no Brasil em uma competição sem torcida, portões fechados até a semifinal e acesso restrito na decisão, no Rio. Messi é o ator principal, óbvio, com espaço para os coadjuvantes Di María e Otamendi. 

Produzido pelos mexicanos Edson Ramírez, Alfredo Sánchez e Jorge Linares, a película Vatreni foi lançada em 2018
foto: Reprodução

Produzido pelos mexicanos Edson Ramírez, Alfredo Sánchez e Jorge Linares, a película Vatreni foi lançada em 2018

Embora seja a atual vice-campeã, a Croácia tem um filme sobre outra geração. O documentário Vatreni conta a história da seleção terceira colocada em 1998, na França. A trupe do centroavante Davor Suker tinha jogadores filhos da guerra separatista da Iugoslávia como o craque Proscineck.

A campanha heroica na Copa inspirou os mexicanos Edson Ramírez, Alfredo Sánchez e Jorge Linares a lançar Vatreni em 2018, antes da Copa da Rússia, quando o maior feito do futebol croata, até então, completava 20 anos.  

O documentário foi apresentado pelos diretores ao técnico Zlatko Dalic antes do embarque da Croácia para Moscou. Encantado, o diretor prometeu uma exibição avant-première na concentração antes da estreia contra a Nigéria e inflamou o elenco.

Sessão especial no Catar


O filme mescla a guerra de independência do país e futebol. Foi o combustível para pilhar Modric e companhia contra todos os adversários, inclusive a Argentina, na segunda rodada, na vitória por 3 a 0.

"Tivemos a oportunidade de apresentar o documentário ao técnico da Croácia uma semana antes de viajarem para a concentração. Ele respondeu que o momento era maravilhoso para mostrar aos jogadores", conta o produtor mexicano Edson Ramírez.  

O nome Vatreni não é aleatório. Trata-se do apelido da seleção croata. "Vatreini é aquele fogo que há dentro de você, no seu corpo, e você precisa deixar sair, como uma paixão que faz de você quem você é. Quando a seleção começou a jogar de forma independente, o apelido virou símbolo de ferocidade", explica o cineasta mexicano. 

A produção é restrita por causa de usos de imagem de 1998 da Copa da Fifa. Há embargo pesado para exibição em qualquer plataforma. A liberação é condicionada à compra dos direitos.

"Nós podemos pagar com recursos próprios para uma exibição, mas estamos à espera de ajuda para desembolsar pelos direitos para exibição internacional", relatou o outro documentarista, Alfredo Sánchez. Em 2018, o direito por exibição custava US$ 15 mil.

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