Doha - A maratona insana de entrevistas coletivas no Qatar National Convention Centre, onde funciona o Centro de Mídia da Fifa na capital do país da Copa, teve como um dos principais assuntos uma maneira de parar Lionel Messi nas quartas de final da Copa do Mundo, nesta sexta-feira, às 16h (de Brasília), no Lusail Stadium.
Invicto há 11 partidas na Copa do Mundo, o técnico Louis van Gaal acumula oito vitórias e três empates em duas participações na competição, a primeira na campanha do terceiro lugar em 2014, no Brasil, depois da vitória por 3 a 0 no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília.
A Holanda só não alcançou a final porque perdeu nos pênaltis para a Argentina, na Neo Quimica Arena, depois do empate por 0 a 0 no tempo regulamentar.
A Holanda só não alcançou a final porque perdeu nos pênaltis para a Argentina, na Neo Quimica Arena, depois do empate por 0 a 0 no tempo regulamentar.
Questionado sobre como pretende parar o jogador eleito sete vezes melhor do mundo, Louis van Gaal usou de ironia na resposta. "Por que diríamos isso a vocês? Por que contaríamos as nossas táticas. Isso seria estúpido", desconversou ao lado do atacante Memphis Depay.
Extracampo, Louis van Gaal recebeu reforço para deter Messi. Campeão mundial em 2014 contra a Argentina, o ex-meia alemão Schweinsteiger virou analista de futebol. O jogador teria, inclusive, preparado um dossiê sobre a equipe de Lionel Scaloni e encaminhado ao treinador holandês. Van Gaal comandou o meia no Bayern de Munique e ficaram amigos.
"Isso é privado. Não posso dizer nada sobre isso, desculpe", driblou. "Mas eu realmente amo o que ele faz. Schweinsteiger foi um jogador inteligente e o futebol é jogado com o cérebro. Eu também recebo um pouco disso. Informações que meus batedores ainda não mencionaram. Ele é da Holanda agora que a Alemanha foi eliminada", brincou Van Gaal sobre o informante.
Treta com Di María e beijo em Depay
Treta com Di María e beijo em Depay
A entrevista de Van Gaal também foi marcada por polêmicas. Ele e o meia argentino Di María não se bicam desde o tempo em que trabalharam juntos no Manchester United. Contundido, o jogador trabalha para retornar ao Mundial nesta edição. "Ele é apenas um jogador muito bom. Quando jogou em Manchester, teve muitos problemas na vida privada. Isso influenciou o desempenho naquele ano", alegou Van Gaal durante a entrevista coletiva.
Di María jamais escondeu o rancor do técnico holandês, mas o treinador minimiza as ofensas. "Esse é um dos poucos jogadores que me chama de pior treinador", respondeu, antes de arrancar risos com uma declaração inusitada.
"Um treinador, às vezes, tem que tomar decisões que não são boas. Aqui está mais um. Memphis (Depay). E agora nos beijamos na boca", riu.
"Um treinador, às vezes, tem que tomar decisões que não são boas. Aqui está mais um. Memphis (Depay). E agora nos beijamos na boca", riu.
Surpreso com a comparação, o atacante do Barcelona bateu na mesa, levou as mãos ao rosto e disse que não aceitava beijo de Van Gaal. Em seguida, reconheceu o potencial do treinador na montagem de uma Holanda invicta. "Você pode ver isso nos resultados, ainda não perdemos um jogo. Acho que ele trouxe mais disciplina e isso é importante para ter resultados em um torneio. Todos conhecem as suas qualidades e o seu carácter e penso que tem qualidades para construir uma equipe forte. Ele cria mentalidade na equipe e isso é muito claro", afirmou.