O Catar, país que sedia a 22ª edição Copa do Mundo, vem sendo alvo de críticas devido às precárias condições de trabalho de migrantes, sobretudo os que trabalharam nas obras da competição. Após relatórios revelarem a morte de operários, seleções tomaram iniciativas como forma de protesto e numa tentativa de conscientização.
Mesmo com a proibição de protestos por parte da Fifa, a Holanda - que venceu o Senegal na estreia - irá leiloar as camisas usadas durante a competição para contribuir com a situação dos trabalhadores.
No ano passado, a Dinamarca teve atitude parecida ao converter em euros os gols feitos no país. Cerca de 55 mil gols foram contabilizados e revertidos em lucro para os responsáveis pela construção de estádios e hotéis no Catar.
Agora, Van Djik explicou a decisão conjunta de todos os jogadores da Seleção Holandesa.
"Esperamos que nossa presença contribua para as mudanças em andamento. Muito já foi feito das salas de reuniões para melhorar a situação dos trabalhadores migrantes. Mas nós também queremos dar uma contribuição concreta a partir do vestiário", disse o zagueiro do Liverpool.
Exaltando os trabalhadores migrantes, ele completou: “Esperamos que nossa presença contribua para as mudanças em andamento. Muito já foi feito das salas de reuniões para melhorar a situação dos trabalhadores migrantes. Mas nós também queremos dar uma contribuição concreta a partir do vestiário”.
Além da atitude, a seleção preparou um encontro entre os jogadores e os trabalhadores na última quarta-feira (16).
Outra questão é do tratamento do país árabe com a comunidade LGBTQIA+. Com promessa de punição para os capitães que usassem a braçadeira com o dizer "One Love", Van Dijk também recuou.
"Estávamos dispostos a fazer um posicionamento, mas começar o jogo com um cartão amarelo não é tão conveniente. Especialmente na minha posição. Eu gostaria de usar a faixa, mas não a qualquer custo. Pena que não pôde ser feito, mas estou aqui antes de mais nada como jogador de futebol', disse ao jornal holandês De Telegraaf.