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Gay, diretor da Fifa diz que todos são bem-vindos no Catar para a Copa

Bryan Swanson disse que não é porque Gianni Infantino, presidente da Fifa, não é gay que ele não liga para os direitos LGBTQIA+

19/11/2022 12:44 / atualizado em 19/11/2022 13:53
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Gianni Infantino (à esquerda) e Bryan Swanson (à direita) participaram de coletiva no Catar
foto: FABRICE COFFRINI/AFP

Gianni Infantino (à esquerda) e Bryan Swanson (à direita) participaram de coletiva no Catar

 

Após entrevista coletiva de Gianni Infantino, presidente da Fifa, neste sábado (19), o diretor de relações com a mídia da entidade, Bryan Swanson, pediu a palavra para defender o mandatário de críticas sobre a escolha do Catar como sede da Copa do Mundo.

 

 

"Eu vejo muitas críticas a Infantino desde que cheguei à Fifa, especialmente da comunidade LGBTQIA+. Estou aqui no Catar como um homem gay, e nós recebemos garantias de que todos serão bem-vindos nesta Copa do Mundo. E acredito que serão", disse.

 

Swanson disse, ainda, que não é porque Infantino não é gay que ele não liga para os direitos LGBTQIA+. E assegurou que a pauta é cara ao presidente da Fifa.

 

Durante a entrevista, Infantino dissera que se sente "qatari, árabe, africano, gay, deficiente e um trabalhador migrante". A fala foi uma tentativa de sinalização positiva às minorias em meio às polêmicas e críticas por causa da escolha do Catar como sede da Copa do Mundo.

 

Ele também disse que as críticas são fruto de uma hipocrisia ocidental. "Sou europeu. Deveríamos estar pedindo desculpas pelos próximos 3.000 anos pelo que fizemos nos últimos 3.000 antes de dar lições de moral", disse.

 

"Se a Europa realmente liga para o destino dessas pessoas [trabalhadores migrantes], deveria criar meios legais, como o Catar fez, para levá-los para trabalhar na Europa e lhes dar futuro e esperança", continuou.

 

Também neste sábado, Hassan Al Thawadi, chefe do Comitê Supremo para Entrega e Legado da Copa, disse que as críticas ao Catar como sede da Copa são baseadas em visões racistas do país.

 

O Catar é criticado pelo seu tratamento dispensado a trabalhadores migrantes —muitos dos quais construíram os estádios e a infraestrutura da Copa do Mundo—, à comunidade LGBTQIA+ —a homossexualidade é crime no país— e às mulheres.

 

Além disso, o Catar se envolveu em nova polêmica na sexta (18), quando proibiu a venda de cerveja nos estádios da Copa do Mundo. A Budweiser, uma das patrocinadoras do evento, mostrou-se surpresa.

 

Ex-mandatário da Fifa, Sepp Blatter disse no início deste mês que a escolha do país árabe como sede do evento foi um erro.


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