A primeira missão dos árbitros na Copa do Mundo no Catar consistirá em "proteger a segurança dos jogadores", afirmou nesta sexta-feira o presidente da Comissão de Árbitros da Fifa, Pierluigi Collina, alertando que os infratores poderão receber "sanções disciplinárias muito pesadas".
"A Copa do Mundo é o torneio mais importante do mundo. É onde estão os melhores jogadores e seria terrível que um deles não pudesse jogar por uma lesão provocada por um adversário", explicou Collina durante uma coletiva de imprensa organizada em Doha.
"O mais importante é proteger a segurança dos jogadores. Não queremos ver intervenções que ponham em risco a segurança dos jogadores. Caso isso aconteça, podem esperar sanções disciplinárias muito pesadas, ou seja, cartões vermelhos", completou o ex-árbitro italiano. Na Copa do Mundo da Rússia-2018 houve apenas quatro expulsões em toda a competição.
Collina também comentou três vídeos sobre situações de jogo para reforçar seus argumentos, mostrando casos como entradas atrasadas, cotoveladas e golpes na cabeça e rosto. "Não importa se não há intenção de machucar. Simplesmente fazer esse tipo de ação é inaceitável", indicou.
"Organizamos duas apresentações com os técnicos das equipes participantes, aqui em Doha e outra mais recentemente por videoconferência. Também fomos ver as 32 equipes nos últimos dias e passamos as mesmas informações", disse Collina.
O chefe dos árbitros da Fifa também garantiu que "não serão aceitas" simulações e reações exageradas e prometeu que os apitadores estarão "muito atentos" ao tempo real de jogo.
"Queremos evitar jogos com 42, 43 ou 44 minutos de disputa efetiva. Por isso, será preciso compensar o tempo das substituições, pênaltis, comemorações, intervenção médica ou, claro, do VAR", explicou.
Collina também abordou o tema da tecnologia semiautomática de impedimento, que será usada pela primeira vez na Copa do Mundo do Catar.
"Isso fará com que as decisões sobre impedimento sejam mais rápidas e precisas. Mas não significa que será instantâneo. Demorará menos tempo do que agora, mas não haverá uma resposta em um segundo", concluiu.