Oficiais do Catar ameaçaram o repórter dinamarquês Rasmus Tantholdt durante uma transmissão ao vivo para a emissora dinamarquesa TV2. Mesmo mostrando as credenciais e sua licença para filmar, os agentes de segurança colocaram a mão na frente da câmera e ameaçaram quebrar os equipamentos usados. A tentativa de censura foi contestada pelo repórter.
“Vocês convidaram o mundo inteiro para cá. Por que motivo não podemos filmar? É um local público. Você quer quebrar a câmera? Vá em frente. Vocês estão nos ameaçando”, disse Tantholdt aos agentes.
Intimidado pelos oficias que chegaram em um carrinho de golfe, o repórter não teve a opção de continuar a transmissão.
A equipe de televisão europeia recebeu pedidos de desculpas formais do Comitê Supremo do Catar.
A equipe de televisão europeia recebeu pedidos de desculpas formais do Comitê Supremo do Catar.
“Após a inspeção do credenciamento válido do torneio e da permissão de filmagem da equipe, um pedido de desculpas foi feito à emissora pela segurança no local antes que a equipe retomasse suas atividades.”, afirmou a entidade.
No entanto, o repórter criticou com a veemência a tentativa de censura sofrida: "Diz muito sobre o que é o Catar. Você pode ser atacado e ameaçado enquanto trabalha na mídia livre. Não é um país democrático".
No entanto, o repórter criticou com a veemência a tentativa de censura sofrida: "Diz muito sobre o que é o Catar. Você pode ser atacado e ameaçado enquanto trabalha na mídia livre. Não é um país democrático".
"Minha experiência após visitar 110 países no mundo é: quanto mais você tem a esconder, mais difícil é pra fazer uma reportagem lá", finalizou.
Críticas ao Catar
As críticas ao Catar e à Fifa pela escolha do país como sede da Copa têm se intensificado próximo ao início do Mundial, no dia 20 de novembro.
Além da discriminação à comunidade LGBTQIA+, cerca 6,5 mil operários morreram durante as obras da Copa do Mundo, segundo relatório do jornal inglês The Guardian, que aponta que os óbitos ocorreram de 2010 a 2020.
Além da discriminação à comunidade LGBTQIA+, cerca 6,5 mil operários morreram durante as obras da Copa do Mundo, segundo relatório do jornal inglês The Guardian, que aponta que os óbitos ocorreram de 2010 a 2020.