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Copa do Mundo: repórter dinamarquês é ameaçado no Catar; veja vídeo

Rasmus Tantholdt participava ao vivo de chamada da TV2, da Dinamarca, quando oficiais de segurança o obrigaram a pausar a transmissão das imagens

16/11/2022 11:39 / atualizado em 16/11/2022 12:43
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Vídeo mostra repórter dinamarquês sendo ameaçado por agentes de segurança no Catar
foto: Reprodução de Vídeo

Vídeo mostra repórter dinamarquês sendo ameaçado por agentes de segurança no Catar


 
Oficiais do Catar ameaçaram o repórter dinamarquês Rasmus Tantholdt durante uma transmissão ao vivo para a emissora dinamarquesa TV2. Mesmo mostrando as credenciais e sua licença para filmar, os agentes de segurança colocaram a mão na frente da câmera e ameaçaram quebrar os equipamentos usados. A tentativa de censura foi contestada pelo repórter.
 

“Vocês convidaram o mundo inteiro para cá. Por que motivo não podemos filmar? É um local público. Você quer quebrar a câmera? Vá em frente. Vocês estão nos ameaçando”, disse Tantholdt aos agentes.
 
Intimidado pelos oficias que chegaram em um carrinho de golfe, o repórter não teve a opção de continuar a transmissão.

A equipe de televisão europeia recebeu pedidos de desculpas formais do Comitê Supremo do Catar. 
 
“Após a inspeção do credenciamento válido do torneio e da permissão de filmagem da equipe, um pedido de desculpas foi feito à emissora pela segurança no local antes que a equipe retomasse suas atividades.”, afirmou a entidade.

No entanto, o repórter criticou com a veemência a tentativa de censura sofrida: "Diz muito sobre o que é o Catar. Você pode ser atacado e ameaçado enquanto trabalha na mídia livre. Não é um país democrático".

"Minha experiência após visitar 110 países no mundo é: quanto mais você tem a esconder, mais difícil é pra fazer uma reportagem lá", finalizou.

Críticas ao Catar


As críticas ao Catar e à Fifa pela escolha do país como sede da Copa têm se intensificado próximo ao início do Mundial, no dia 20 de novembro.

Além da discriminação à comunidade LGBTQIA+, cerca 6,5 mil operários morreram durante as obras da Copa do Mundo, segundo relatório do jornal inglês The Guardian, que aponta que os óbitos ocorreram de 2010 a 2020. 


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