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Homenagem e análise de Henzel: Chape encara Cruzeiro no 1º jogo fora de SC do ano

Clube mandará a campo o time sub-23 para o duelo desta pela Primeira Liga

postado em 08/02/2017 06:30 / atualizado em 08/02/2017 08:03

Divulgação/Chapecoense
O dia 29 de novembro de 2016 jamais será esquecido. O fatídico destino do voo 2933 da LaMia, que levava jogadores, jornalistas, dirigentes e tripulação, comoveu o planeta por semanas. E os sinais da tragédia que matou 71 pessoas seguem vivos nas memórias de quem acompanhou a dor de familiares, amigos e torcedores das vítimas. Mas o luto dá lugar à esperança pela reconstrução - que terá um momento importante às 21h45 (de Brasília) desta quinta-feira. Pela primeira vez desde a queda do avião na Colômbia, a Chapecoense realizará um jogo oficial fora de Santa Catarina. O adversário será o Cruzeiro, no Mineirão, em partida válida pela segunda rodada da Primeira Liga.

A noite será de tributos em Belo Horizonte. Os donos da casa já prometeram: farão homenagens - ainda não detalhadas publicamente - às vítimas e à força do clube catarinense. A torcida do Cruzeiro também se movimenta nas redes sociais. A ideia é, das arquibancadas, entoar o canto que ganhou o mundo: “Vamos, vamos, Chape”.

Maratona

Divulgação/Chapecoense

Apesar das homenagens, os principais jogadores não estarão em Belo Horizonte para a partida. O motivo é um tanto quanto curioso: a Chapecoense disputará dois jogos em dias consecutivos.

A ordem é priorizar o Campeonato Catarinense. Nesta quarta-feira, o time principal disputará o clássico contra o Avaí, pela quarta rodada do Estadual. Na quinta, é a vez de Emerson Cris comandar o time sub-23 diante do Cruzeiro.

“Vagner Mancini vai utilizar jogadores do sub-20, que conquistaram um bom resultado na Copa São Paulo, mais alguns atletas do sub-23 para tentar fazer um bom papel. Neste momento, pela distância percorrida, pelo deslocamento, é uma atitude acertada. Principalmente porque o Campeonato Catarinense é o mais possível de ser conquistado”, avaliou, em contato com o Superesportes, o jornalista Rafael Henzel, um dos sobreviventes da tragédia aérea. Por conta da proximidade das datas, ele não trabalhará na partida desta quinta-feira.

A agenda lotada explica a necessidade de priorizar determinados torneios. A Chape disputará, no mínimo, 72 jogos oficiais em 2017. O número pode chegar a 93 caso o time avance até as finais dos campeonatos que disputar. Apesar da 'maratona', Emerson Cris valoriza a chance de comandar a equipe catarinense no Mineirão.

“Vamos aproveitar essa oportunidade e mostrar o nosso trabalho. Para esses meninos, é um grande ganho. Acelera a maturação. Sabemos que o Cruzeiro é uma grande equipe, mas futebol é 11 contra 11”, disse o auxiliar.

Parceria com o Cruzeiro

Divulgação
Diversos clubes e personalidades prometeram auxiliar a Chapecoense no processo de reconstrução. O diretor de futebol Rui Costa, no entanto, criticou fortemente o posicionamento de algumas instituições após a queda do avião.

“Muita gente tentou se aproveitar da tragédia”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo.

Rui, entretanto, citou clubes que ajudaram a equipe catarinense. O diretor destacou o Atlético Nacional, que seria o rival da Chape na final da Copa Sul-Americana de 2016, e o Palmeiras. Times mineiros também foram lembrados na entrevista.

“Atlético e Cruzeiro nos ajudaram muito. O [Douglas] Grolli (zagueiro) tem patamar salarial importante e hoje custa R$ 50 mil para a Chapecoense”, disse, ao citar o defensor que tem parte dos salários pagos pelo clube celeste.

Entre as medidas mais evidentes, o Cruzeiro emprestou Douglas Grolli e o também defensor Fabrício Bruno. Nenhum deles, no entanto, enfrentará o ex-clube nesta quinta-feira de homenagens e disputa em campo.

O Cruzeiro é o líder do grupo C da Primeira Liga, com três pontos. Joinville e Chapecoense aparecem na sequência, com um. Sem pontuar, o Atlético é o quarto colocado.

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