“A minha rotina aqui (na CBF) é das 8h às 19hA partir das 19 horas, eu foco totalmente na ChapecoenseNos últimos dias, eu fiquei das 8h à meia-noite fazendo contatos, tentando um atleta ou outroProcuramos em cima disso buscar elementos que possam nos reestruturar rapidamente, mas não tem sido fácilAs noites de sono diminuíram bastante, mas sabemos que a necessidade é essa”, resignou-se Mancini, em entrevista ao canal Sportv, na tarde desta quinta-feira.
“Normalmente, quando o técnico vira o ano empregado, você vai atrás de sete, oito atletasEu nunca tinha visto um time que necessitaria de 25 atletas no mínimoTem sido realmente desgastante”, acrescentou.
Demitido do Vitória em setembro, Mancini revelou que alguns jogadores já acertaram com a Chapecoense para o ano que vemTambém assegurou que os atletas que já estavam no elenco e que não viajaram a Medellín seguirão no clube para ajudar no processo de reconstrução.
“Já têm perto de 10 atletas acertadosNão posso falar em nomes, porque ainda não tivemos tempo para assinar contrato com elesÉ uma correria bacana, porque a gente vive disso, mas ao mesmo tempo muito traumática porque você tem que acelerar um processo normalmente feito com calma”, explicou.
Questionado sobre a promessa de empréstimos de jogadores oferecidos por clubes logo após o acidente, Vagner Mancini lamentou que há algumas equipes tentando se aproveitar da situação da Chapecoense para se livrar de atletas que não seriam aproveitados em 2017.
“Muita gente, após o acidente, ofereceu ajuda até com atletas sendo pagos, mas na prática isso não tem acontecido
“Existe uma grande diferença entre você ajudar cedendo atletas com o salário pago neste momento difícil da ChapecoenseE existe um outro ponto que é você oferecer aqueles atletas que você não quer no seu elencoNão foi isso o que nós entendemos lá atrásLógico que todo mundo tem liberdade e nós não vamos alongar isso, mas eu gostaria que essa ajuda viesse do coração”, concluiu.