Superesportes

CHAPECOENSE

Sobreviventes comemoram retorno a Chapecó com macarrão e pedido por videogame

Alan Ruschel e Rafael Henzel estão internados em um hospital de Chapecó

Agência Estado
No hospital, já em Chapecó, jornalista Rafael Heinzel recebeu a visita da família - Foto: Arquivo pessoal
A vinda para Chapecó é uma grande aliada na recuperação do lateral Alan Ruschel e do jornalista Rafael Henzel depois do acidente aéreo da Chapecoense, há duas semanasOs dois sobreviventes da queda do avião da LaMia na Colômbia voltaram ao Brasil na noite de terça-feiraOs médicos admitiram surpresa com a boa condição dos dois, que comemoraram o retorno ao País por rever a família e já até fizeram pedidos especiais.

O lateral Alan Ruschel comentou estar com saudade da comida do BrasilO jogador ficou duas semanas internado na Colômbia"Ele quer comer até arroz, feijão e bife aceboladoA equipe de nutricionistas vai fazer de tudo para atender", contou a médica Juliana Foresti, coordenadora de UTI do Hosital Unimed, em ChapecóNa chegada ao hospital, o cardápio para o sobrevivente teve macarrão ao molho de tomate.

A comida, apesar de simples, agradou"O Alan estava feliz por ver a família, do tempero nas refeições e até por ouvir portuguêsSão coisas que a gente não valoriza, mas depois de ficar duas semanas tenso, com medo e em outro país, com outra comida, essa volta energiza a pessoa e fortalece demais o psicológico", explicou a diretora hospitalar Carolina Ponzi.

Os dois vieram para Chapecó em jato da Força Aérea BrasileiraForam mais de nove horas de deslocamento entre a base aérea de Rionegro, nos arredores de Medellín, e Chapecó, incluindo paradas em Manaus e BrasíliaA dupla permaneceu tranquila durante o voo, sem problemas médicos, nem temores por voltar a voar depois de estarem entre os seis sobreviventes de um acidente que teve 71 vítimas.

Os médicos comentaram que Henzel e Ruschel demonstraram animação ao reencontrar a família e por voltarem à cidade onde moram
A família do jornalista organizou uma recepção no aeroporto com faixas e camisasO filho dele, Otávio, de 11 anos, fez até um pedido incomum aos médicos"Ele queria trazer o PlayStation ao hospital para jogar com o paiO Rafael está tão feliz que disse que conseguiu dormir bem porque podia ouvir a televisão em português", comentou o médico especialista em trauma torácico Rovani Camargo.

Os sobreviventes contaram que a última noite foi a primeira bem dormida desde o acidenteAos poucos os dois têm lido e sido comunicados sobre as homenagens para a Chapecoense e as mensagens de apoio que receberamAmbos estão internados em isolamento, pois segundo os médicos apresentam infecção de bactérias multirresistentes e que podem se espalhar pelo ambiente hospitalar.

Ruschel e Henzel pediram para ver pela televisão o jogo do Nacional de Medellín contra o Kashima Antlers, no Japão, pelo Mundial de ClubesO time colombiano seria o adversário da equipe catarinense na final da Sul-Americana e pela solidariedade ao acidente, criou uma relação de amizade com a ChapecoenseOs pacientes pediram para o horário do banho ser adiado para que pudessem torcer para o atual campeão da Libertadores, que acabou derrotado por 3 a 0.