Os procuradores detiveram Vargas e o levaram à sede do Ministério Público Departamental de Santa CruzO diretor é um ex-militar da Força Aérea Boliviana, que entre 2001 e 2007 foi o piloto de vários presidentes do país - incluído o atual, Evo Morales.
Além de Vargas, foram detidos uma secretária e um técnico da companhia, que também foram conduzidos à sede do MinistérioVargas é o pai de Gustavo Vargas Villegas, até a semana passada um dos funcionários do alto escalão da Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) e que foi suspenso de suas funções devido à investigação sobre o funcionamento da companhia aérea.
Os procuradores ordenaram as prisões após ficarem várias horas revisando a documentação e os computadores da empresaO material foi confiscado e levado em duas caminhonetes à sede do Ministério PúblicoAs prisões aconteceram na véspera de uma reunião de autoridades judiciais de Bolívia, Brasil e Colômbia, que investigam a tragédia com o único avião da LaMia.
O procurador-geral da Bolívia, Ramiro Guerrero, disse que a investigação em seu país sobre o caso está aberta a princípio por um crime de descumprimento de deveres, mas que "certamente pode chegar a crime de homicídio culposo" contra os responsáveisHoras antes da detenções, os procuradores bolivianos também foram ao escritório da Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea (AASANA), no Aeroporto Internacional de Viru Viru, em Santa Cruz.
Neste caso, o alvo da busca e apreensão foi a sala da funcionária Celia Castedo, que questionou o plano de voo do avião da LaMia antes do acidente na ColômbiaNa última segunda-feira, Castedo deixou a Bolívia rumo ao Brasil, passou o dia em negociações com seu advogado e autoridades brasileiras e foi levada à noite à delegacia da Polícia Federal da cidade de Corumbá (MS) para que apresentasse um pedido de refúgio.
O ministro de Governo boliviano, Carlos Romero, afirmou que ela saiu do país ilegalmente, por isso a sua estadia no Brasil também seria ilegal"(Castedo) Não utilizou nenhum ponto legal de controle migratórioSua saída do país foi ilegal, sem passar pelos postos de controle migratório"De acordo com ele, a saída de Castedo da Bolívia é "um claro sinal que visa evitar a ação da justiça" local.