Investigações preliminares dão conta de que a aeronave teve uma pane seca por falta de combustível, depois que Quiroga teria arriscado percorrer o longo trajeto entre Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e Medellín, na Colômbia, sem fazer escala para abastecimento em Cobija, no norte do país boliviano.
Sua viúva, Daniela, contudo, afirmou que o marido era um profissional responsável e que jamais colocaria em risco a vida de passageiros e tripulantes neste voo da Chapecoense"Ele estava muito bem preparado para operarMeu marido levava aviação muito a sérioEu entendo a dor de todosTambém perdi meu marido, também tenho filhosEu entendo a dor de todas as pessoas, mas ele nunca colocaria por vontade a própria vida e de ninguém em risco", disse, em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo.
De acordo com a reportagem do programa, a família do piloto vem recebendo ameaças de morte desde o acontecidoDaniela seguiu defendendo Miguel Quiroga"Meu marido era um homem responsável, que amava o que faziaEle não era uma pessoa má, não era um assassino", completou.
O corpo do piloto foi enterrado no último domingo, em Cobija, próximo à fronteira com o Brasil, justamente na cidade onde as investigações apontam que Quiroga deveria ter feito uma escala para abastecimento do avião que levava a delegação da Chapecoense até Medellín para a final da Copa Sul-Americana, contra o Atlético Nacional, mas que caiu perto do aeroporto da cidade colombiana.