Em entrevista exclusiva ao programa Fantástico, da TV Globo, Tumiri disse que em nenhum momento imaginou que o avião poderia cair. Ele relata que, momentos antes da tragédia, sentia turbulência de um pouso normal.
“Eu estava conversando com o técnico da Chapecoense, e ele estava me ensinando um pouco de português. Aí veio o aviso do piloto para afivelar os cintos, porque íamos pousar. O avião começou a vibrar e eu pensei que fosse um pouso normal. Só isso, não me lembro de mais nada”, contou Tumiri em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo.
"Vi muitos corpos espalhados, mas não tinha o que fazer. Ouvi uma pessoa falando com sotaque brasileiro, quis ir na direção da voz, mas ela não me respondia", afirmou o sobrevivente.
Tumiri desmentiu a versão de que se salvou porque adotou os procedimentos de segurança recomendados, ficando em posição fetal antes da queda. “Não, eu não disse nada disso. É a primeira vez que estou falando com a imprensa”, disse ao Fantástico. Ele reforçou “Em nenhum momento eu fiz isso (fiquei em posição fetal). Ninguém percebeu nada de diferente. Era uma preparação para um pouso normal”.
Mudança de plano
Ainda de acordo com o comissário, o comandante da aeronove, Miguel Quiroga, mudou os planos de voo de última hora, já que uma parada em Cobija, na Bolívia, estava programada.
“Acho que pode não ter sido uma boa ideia do piloto ou da pessoa responsável por isso na LaMia. Eu fiz o relatório de que iríamos para Cobija. Mas no momento da decolagem perguntei: "Vamos até Cobija, não é?" "Não, vamos direto a Medellin"
Erwin Tumiri está entre os seis sobreviventes da tragédia, ao lado de Ximena Suárez. Os dois são integrantes da tripulação do avião que caiu em Rionegro, região de Antióquia, perto de Medellín.