O acidente com o clube catarinense a poucos quilômetros de chegar na cidade, onde disputaria a final da Copa Sul-Americana, comoveu a comunidade localCom as cores verde e branco em comum, Atlético Nacional e Chapecoense se veem como irmãos, unidos pela tristeza“Se pudermos conquistar o título na Japão, com certeza dedicaríamos à ChapecoenseTomara que à gente consiga”, afirmou o presidente do clube, Juan Carlos de la Cuesta.
A viagem ao Japão traz grande ansiedadeA possibilidade de enfrentar o Real Madrid na final ganhou como ingrediente a vontade de fazer do possível título histórico um tributo à Chapecoense“O que mais queremos é ser campeões, para poder fazer disso uma homenagem aos que morreram no acidente e dedicar ao título ao povo brasileiro”, disse o zagueiro e capitão Alexis Henríquez.
O Atlético Nacional disputará pela segunda vez o MundialEm 1989, perdeu para o Milan, na prorrogação, quando o título era decidido em jogo único do campeão sul-americano contra o campeão europeuNeste ano, a equipe reconheceu ter sofrido um golpe psicológico muito forte na preparação finalA morte de 19 jogadores do elenco da Chapecoense dificultou os treinamentos do time colombiano na última semana, quando se preparou para decidir vaga na semifinal do campeonato local.
Os 3 a 0 sobre o Millonarios no sábado amenizaram a pressão
“Foi uma semana difícilPela memória e homenagens aos companheiros da Chapecoense que se foram, a vitória era a melhor maneira de se fazer um tributoEspero que se perpetue essa relação de cooperação entre os países”, disse o técnico do Atlético Nacional, Reinaldo Rueda.
O capitão do time contou ter conversado bastante com o elenco para superar a tristeza do acidente“Foi uma semana complicada para trabalharFicou um sabor amargo porque foi um acidente que pode acontecer com qualquer esportista”, afirmou Alexis Henríquez, enquanto dava entrevista abraçado ao filho e ao lado de médicos da Chapecoense, que visitaram o vestiário do Atlético Nacional, no estádio Atanasio Girardot.