"Encontramos indícios de possíveis descumprimentos de deveres, não cumprimento do controle interno, possível uso indevido de influência, e omissão de denúncia", informou Claros a uma rede de mídias estatais.
Uma das primeiras medidas tomadas pelo governo de La Paz após a tragédia foi destituir as principais autoridades das estatais Direção Geral de Aviação Civil (DGAC) e Aasana (operadora de aeroportos), após versões de que o avião não deveria ter realizado o voo direto de Santa Cruz até Medellín.
Uma das principais hipóteses de causa do acidente é que o aparelho teria ficado sem combustível pouco antes de chegar ao aeropuerto de Rionegro.
A LaMia disse na Bolívia que o BA-146 modelo RJ85 deveria ter sido reabastecido no povoado boliviano de Cobija, extremo norte do país, antes de seguir para a Colômbia.
Segundo Claros, a investigação do governo busca saber como a LaMia fez um voo direto sem autonomia, e como obteve autorização para operar na Bolívia com um único avião.
"Merece punições drásticas na Bolívia, e iremos providenciá-las, porque este é um tema penal, porque foram sacrificadas mais de 70 pessoas por falta de ação, por irresponsabilidade, no cumprimento das normas", afirmou.
Claros identificou o empresário venezuelano Ricardo Albacete como dono do avião acidentado, embora a empresa seja boliviana.
O ministro assinalou que chama a atenção o fato de Steven Vargas, funcionário-chave da DGAC boliviana, ser filho do diretor geral da LaMia, o general da aeronáutica Gustavo VargasSteven Vargas foi destituído, segundo o ministro.
O general Vargas também foi piloto de Evo Morales, embora o governo tenha negado qualquer vínculo.
O avião transportava nove tripulantes: sete bolivianos, um paraguaio e um venezuelanoDois dos bolivianos sobreviveram, além de quatro brasileiros.