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TRAGÉDIA

Treinador de goleiros da Chape é sepultado em BH com muita emoção dos familiares

Corpo de Anderson Martins, o Boião, foi enterrado no Cemitério da Paz

Lilian Monteiro
Familiares e amigos se despedem de Anderson Martins, o Boião, vítima da tragédia aérea, aos 46 anos - Foto: Marcos Vieira/EM/DAPress
O corpo de Anderson Martins, o Boião, treinador de goleiros da Chapecoense e que estava no voo da LaMia que levava a delegação do clube catarinense para o jogo da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, em Medellin, foi sepultado neste domingo, no Cemitério da Paz, em Belo HorizonteEm clima de comoção, a família pediu por privacidade e só o irmão da vítima, Anselmo Nonato Martins, é que conversou com a imprensa.

Anselmo, de 39 anos, fez um grande esforço para conseguir transformar em palavras um pouco do que ele, a família e todos os amigos sentiam nesse momento de despedida do irmão“É preciso saber compartilhar e pensar mais no próximoAmar mais os outros, a vida é breve”, declarou.

Com uma camisa toda autografada da Chapecoense, foi Anselmo que foi buscar o irmão em Chapecó e participar de toda a homenagem na Arena CondáAo descrever o irmão, ele tirou forças para dizer que “Anderson era irmão, amigo, companheiro e todos que conviveram com ele, tenho certeza, só falarão bemÉ o que fica”.

Com presença de familiares de Pirapora e amigos, a família de Anderson Martins pediu privacidade e reclusãoApenas o irmão conversou com a imprensaAnselmo, que é educador físico, contou que Anderson nasceu em Belo Horizonte e depois foi para Pirapora, onde viveu a infância e a adolescência

Como jogador, Anderson Martins foi goleiro do Pirapora Futebol Clube e, com boas atuações, se transferiu para o Democrata de Sete LagoasA carreira evoluiu e ele defendeu clubes em Brasília, Paraná e encerrou a carreira no Ibirama, de Santa Catarina, depois de uma lesão no joelho

A paixão pelo futebol não o deixou muito tempo longe dos gramados e ele se tornou treinador de goleiros
“Ele chegou à Chapecoense em 2008, o time só disputava as competições regionais, os estaduaisMas com muito trabalho, as conquistas vieram e o time só foi crescendo, superando as Séries D, C, B e A do Campeonato BrasileiroEle participou de toda essa trajetória de sucesso, vivia uma alegria imensa, tanto pela equipe quanto profissionalmente”, contou Anselmo