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TRAGÉDIA

Primeiro treinador ressalta grandeza de Marcelo, zagueiro da Chape: "Reconhecia nossa ajuda"

Jogador é velado na Câmara Municipal de Juiz de Fora, sua cidade natal

postado em 04/12/2016 14:40 / atualizado em 04/12/2016 15:25

Alexandre Guzanshe/EM/DA PRESS

Paulo Galvão

Enviado especial a Juiz de Fora

Um profissional dedicado, que gostava de treinar e manter a forma mesmo nas férias, um homem humilde e de família. Assim é descrito o zagueiro Marcelo por quem acompanhou a trajetória dele desde tenra idade, Walmir de Lima.

Primeiro treinador do futuro zagueiro da Chapecoense, ele ainda procura assimilar a grande perda. "Conheço o Marcelo desde que ele chegou à escola, com nove anos. Ele batalhou muito para se tornar jogador profissional, mas não mudou nada depois que conseguiu, mesmo depois de jogar em grandes clubes, como o Flamengo. É muito triste ter a trajetória interrompida desta maneira" , declara o treinador das escolas do Bonsucesso, onde o zagueiro deu os primeiros passos como jogador, por volta de 2000.

O treinador viu potencial naquele garoto e permitiu que ele continuasse treinando mesmo sem condições de pagamento mensalidade. Consciente da força recebida, o jogador retribuiu doando material esportivo para que outros meninos sem recursos financeiros pudessem continuar sonhando em ser jogador no clube amador de Juiz de Fora. "Isso mostra a grandeza do Marcelo, que reconheceu o que fizemos por ele", diz Walmir.

Desde o acidente aéreo que vitimou o zagueiro e ouros integrantes da Chapecoense, terça-feira, na Colômbia, o Bonsucesso está de luto. "Não teve nem treino, estamos todos muito abatidos", explica o treinador, que busca fazer com que os alunos da escolinha assimilem a tragédia da melhor forma possível. "Temos de tirar algo positivo disso tudo."

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