
O anúncio foi dado pelo chefe do departamento de desempenho, Vitor Hugo Nascimento, e a decisão ocorreu após reunião entre dirigentes do clube. Ele ainda reclamou do fato do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, ter dito que seria uma oportunidade de promover uma festa para os jogadores falecidos.
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Mais cedo, o diretor de competições da CBF, Manoel Flores, garantiu que não há a possibilidade de cancelar o jogo. "O WO, tratado no artigo 53, se caracteriza no não-comparecimento do clube à partida, acarretando a perda de três pontos e no placar de 3 a 0. A gente entende que é isso que o Atlético decidiu. Obviamente, todo o protocolo da partida precisa ser feito, para seguir a parte protocolar, técnica, podendo até haver um W.O. duplo. Mas não há dispositivo para o cancelamento da partida", disse Flores em entrevista ao SporTV.
De acordo com ele, a CBF precisa enviar árbitros para Chapecó e criar todas das condições burocráticas para que a partida aconteça. "É muito importante registrar que a questão protocolar é a presença da arbitragem, aguardando os 30 minutos e encerrando a partida. Esta é uma questão puramente legal, de procedimento, que precisa ser tomada", afirmou.
O Atlético, que já havia pedido o cancelamento do jogo, decidiu radicalizar, avisando que não entra em campo e que perderá por W.O. "O Atlético não irá jogar, não irá até Chapecó jogar a última partida. A gente acredita no esporte, a gente respeita a dor. Não é o momento para cobrar de jogador nenhum a essência do esporte", disse o presidente do Galo, Daniel Nepomuceno.
"Então, já comuniquei a CBF, que concorda. Já conversei com o presidente da CBF, Marco Polo, que concordou. Nessa partida o Atlético não irá. Provavelmente, a maior punição é a perda dos três pontos", explicou Nepomuceno. Com a recusa em entrar em campo, o time mineiro irá terminar a competição no quarto lugar, com os 62 pontos que tem atualmente.