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Às 21h15, o minuto de silêncio foi respeitado por todos no estádio. Depois, crianças entraram com o uniforme do time; na sequência, ex-jogadores se juntaram a familiares das vítimas (Fabiano, que hoje está no Palmeiras, era um dos mais emocionados).
A cerimônia foi rápida, mas intensa. Dois pastores e o padre Igor, famoso torcedor da Chapecoense, falaram rapidamente. Foram palavras de consolo e força - para os torcedores e para a cidade. "O que se vivia era um sentimento fraternal de família", lembrava o padre. O religioso fez com que o estádio inteiro repetisse o Pai Nosso em coro. Nas arquibancadas, muita gente foi às lágrimas nesse momento. "Acendam os seus celulares agora. À luz que vocês estão vendo é a luz de Deus no meio de nós", falou o padre Igor.
Um vídeo homenageando todas as vítimas do desastre aéreo foi exibido em um telão. Depois, sincronizada por uma contagem regressiva, a torcida entoou o grito de "é campeão", "é campeão".
Mesmo após a cerimônia, os torcedores permaneceram no estádio. Ninguém queria ir embora e perder aquele momento. "Eu vou acampar no estádio até os corpos chegarem. Fico aqui o tempo que for preciso", disse Cristiano William Filho, de 19 anos, membro da Torcida Jovem da Chapecoense.
"Isso aqui é uma família. Foi como assistir uma celebração em família. Minha vontade é abraçar todo mundo. Aliás, todo mundo aqui está se sentindo abraçado", falou a professora universitária Mariângela Torres, de 59 anos. "Nessa hora, era pra gente estar vendo o jogo", completou o torcedor Aníbal Ferreira, de 48. "Por isso, não quero ir embora desse estádio. Vou ficar aqui como se estivesse assistindo o jogo do meu time", afirmou.