CHAPECOENSE
Fundador da Chape diz que não é o fim do sonho: "Clube vai se reerguer com trabalho e união"
Aos 80 anos, Alvadir Pelisser lembra que vendeu muita rifa para construir a Chape
Rodrigo Fonseca /Superesportes
postado em 30/11/2016 15:59 / atualizado em 30/11/2016 16:40
Enviado especial a Chapecó
Alvadir Pelisser ainda se recupera de um AVC, sofrido em janeiro. Aos 80 anos, com certa dificuldade de locomoção, um dos fundadores da Chapecoense, em maio de 1973, superou os obstáculos e foi até a Arena Condá dar apoio aos familiares do desastre aério que vitimou jogadores e dirigentes da equipe.
A notícia da tragédia abalou Pelisser. Mas não vai pôr fim ao sonho da Chape. "Trabalhar honestamente, vestir a camisa do clube. Assim vai continuar dando certo. Além disso, o povo se uniu e vai seguir unido pela Chapecoense. O clube vai se reerguer com trabalho e união", disse.
Assim como na década de 1970, nada pode servir de entrave. Ele lembra que saída pelas ruas de Chapecó se dedicando a levantar dinheiro pelo clube: "Eu vendia rifa para sustentar o clube no início. Nada me desanimava."
A Chapecoense de Seu Pelisser cresceu. Chegou à elite do futebol brasileiro. Avançou à decisão da Copa Sul-Americana. No voo rumo a Medellín, local da final contra o Atlético Nacional, o sonho interrompido.
"Nunca imaginava isso. A coisa foi crescendo e viramos um gigante em campo, um clube modesto, mas gigante em campo, com futebol bonito. É um time novo, um guri, perto dos outros do Brasil", disse.
"Eu sei que o momento é muito triste. Não podia acontecer coisa mais horrível, a Chapecoense disputando um título inédito, internacional. É pedir a Deus que dê força aos familiares, primeiramente. Depois vamos levantar a Chape."
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