
As autoridades colombianas passaram parte da madrugada desta quarta-feira reunidas no aeroporto de Medellín para conversar sobre o acidente com o avião que trazia a delegação da Chapecoense. Um dos convidados ao encontro foi o representante da empresa aérea boliviana LaMia, Mário Pacheco, que ao fim da conversa, disse aos jornalistas que a aeronave não tinha problema de autonomia e ressaltou que a companhia tem experiência em transportar times de futebol.
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Pacheco explicou que a companhia, fundada há cerca de um ano, tem toda a documentação necessária para operar voos fretados e que não há risco de erro do piloto. "Falha humana não há. No momento em que realizarem as investigações periciais das gravações das caixas-pretas do avião, vão poder determinar quais foram as causas", explicou. O avião era pilotado pelo dono da companhia, Miguel Quiroga.
Segundo o representante, o proprietário era experiente e pilotava uma aeronave fabricada em 1999. A LaMia tem uma frota de três aviões e já tinha feito um outro voo da Chapecoense anteriormente, fora o transporte de equipes e seleções da América do Sul.
"Já voamos com as seleções da Venezuela e da Argentina. Também o Atlético Nacional, o Junior Barranquilla", contou. A seleção argentina foi transportada pela LaMia durante a última rodada das Eliminatórias, quando inclusive jogou com o Brasil, em Belo Horizonte.
Pacheco prometeu que a empresa vai se comprometer em ajudar a família das vítimas. "A empresa ativou o centro de emergência e a polícia de seguros. Vai cobrir todos os gastos dos feridos que sejam necessários", afirmou.