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Inicialmente, o plano era voar direto para Medellín, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) negou. Segundo a Anac, o pedido foi vetado com base no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer) e na Convenção de Chicago, que trata dos acordos de serviços aéreos entre países. O existente com a Bolívia, país originário da companhia aérea Lamia, não prevê operações como a solicitada. A parada em Santa Cruz de La Sierra foi adotada como plano B.
O avião da LaMia teria perdido o contato com a torre de controle à 1h15 (horário de Brasília), quando foram comunicados problemas elétricos. O pedido de socorro foi emitido entre as cidades de Ceja e La Unión. De acordo com informações de paramédicos, o avião não explodiu. Uma das hipóteses é que, na emergência, o piloto teria aberto os tanques de combustível para evitar uma possível explosão da aeronave. Mas pane seca não está descartada. Como houve pedido de prioridade para pouso de um Airbus A320 da VivaColômbia, o aparelho da LaMia teve de circular por 13 minutos adicionais. Em tese, deveria ter combustível para 45 minutos extras. A autonomia de 3 mil km estava perto do limite.
Segundo o site “Flight Radar”, que monitora voos, o AvroRJ85 decolou pouco após as 22h de Santa Cruz de la Sierra e começou a perder altitude quase no destino final. A aeronave some do radar a cerca de 4,7 mil metros, quando ela completava sua segunda volta.
AJUDA Duas aeronaves C-130 Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) e uma equipe de profissionais especializados em resgate, do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), foram disponibilizados para auxiliar no resgate e traslado dos sobreviventes e corpos para o Brasil. O Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica, em nota, lamentaram o acidente. Além disso, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) se colocou à disposição das autoridades colombianas para ajudar a investigar a tragédia. (Com agências)