
O BAe 146/Avro RJ-85, é considerado um avião seguro, confortável e fácil de pilotar. Foram produzidas cerca de 390 unidades no Reino Unido de 1978 a 2002. O preço médio da série final era de US$ 13,7 milhões. Com quatro turbinas Lycoming, uma fuselagem ampla e capacidade para atingir distâncias de 2.900 km, foi selecionado para equipar o 32.º Esquadrão Britânico, o Royal, da Real Força Aérea, que serve à rainha Elizabeth II e a sua família. Nessa versão, a disposição comercial de 70 lugares deu lugar a um luxuoso arranjo de 19 passageiros, banheiro com ducha e seis tripulantes.
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TECNOLOGIA - O avião foi retirado de linha pela BAe em reação ao mercado. Projetado para atender rotas de curta distância, o modelo foi superado pela concorrência, pela brasileira Embraer principalmente, que oferecia produtos com preços reduzidos, menor consumo de combustível, manutenção mais barata, maior autonomia e tecnologia digital.
Ainda assim, 16 países ainda empregam os BAe 146 e Avro RJ-85 - além de cinco que incorporam variantes militares. O jato da LaMia saiu da linha de montagem em 1998 mas só foi concluído meses depois, em 1999. O comprador inicial, a norte-americana Mesaba Air, vendeu a aeronave para a irlandesa City Jet, duas corporações de transporte. Antes de ir parar no hangar da empresa na Bolívia, em 2013, ficou por um tempo estacionado e à venda.
Uma deficiência do avião é o uso de sistemas mistos - muitos deles analógicos e elétricos, poucos eletrônicos. Em pane elétrica, acontece o comprometimento dos mecanismos hidráulicos com grave perda de controle.