
Cleber Santana chegou ao clube no ano passado e era considerado um dos principais jogadores da equipe. Nascido no município de Abreu e Lima, tinha 36 anos e iniciou sua carreira no Sport. Pai de dois filhos adolescentes, ele teve passagens pelo Vitória, Santos, São Paulo, Atlético Paranaense, Avaí, Flamengo, Criciúma, o japonês Kashiwa Reysol, e os espanhóis Atlético de Madrid e Mallorca. Nesta edição do Campeonato Brasileiro, esteve em 36 jogos e registrou cinco assistências. Ao todo, fez 96 partidas pelo clube.
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O cunhado da esposa do jogador, Elton Victor, informou que vai para Chapecó (SC) ainda nesta terça-feira. Ele, que está atuando como porta-voz da família, disse que Rosângela Loureiro, esposa de Cleber, está sozinha com os filhos na cidade catarinense, mas que deve seguir para Medellín.
"Estamos todos muito tristes e preocupados com a esposa e os filhos. Afinal, eles estão sozinhos na cidade, precisando do apoio da família porque todos os amigos que eles tinham por lá eram amigos de time e todos, infelizmente, estão na mesma situação", disse Elton Victor.
Amigo de Cleber desde a adolescência, o administrador de empresas Fernando Santos foi um dos que esteve na casa da mãe do jogador. Muito emocionado, ele lembrou da trajetória profissional do colega e do seu bom humor. "Ele sempre foi muito alegre, divertido. Tinha uma carreira muito feliz, colecionando títulos nos campeonatos Pernambucano, Baiano e na Copa Nordeste e no Campeonato Paulista. Isso sem falar na Liga Europa, onde ele brilhou pelo Atlético de Madrid. É muito triste você ver uma história linda como essa acabar assim", lamentou.
O outro pernambucano vitimado pela tragédia foi o atacante Everton Kempes, que nasceu na cidade de Carpina, na Mata Norte do Estado. Com 31 anos de idade e na Chapecoense desde o início da temporada, o atleta passou por clubes como América-MG, Vitória-ES e Portuguesa. No Brasileirão, fez 9 gols, sendo o vice-artilheiro da equipe.
Amigo de Kempes, o preparador físico Tadeu Livramento lembrou com carinho do atleta. "Ele sempre foi muito disciplinado e focado. Veio de uma família simples, mas que sempre deu todo o apoio para ele lutar pelo que acreditava. Nos conhecemos em 2000 e desde então sempre nos falávamos. Há uma semana conversamos pela internet e ele estava muito feliz, animado com a boa fase e disse que pretendia vir para o Recife depois de passar as festas com a família, no Rio, onde ele morava havia cerca de 10 anos", lembrou.