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Após pedido de amistoso, Leicester lamenta acidente com Chapecoense, o 'Leicester do Brasil'

Vários clubes do mundo se solidarizaram com familiares das vítimas

postado em 29/11/2016 11:02 / atualizado em 29/11/2016 19:59

Atualização às 19h - O diretor geral da Unidade Nacional para Gestão de Risco de Desastre, Carlos Iván Márquez Pérez, anunciou o fim das buscas e confirmou os números oficiais: eram 77 passageiros, com 71 vítimas fatais e seis sobreviventes. Ficaram no Brasil quatro pessoas que não embarcaram e estavam na lista inicial.

Inúmeros clubes ao redor do mundo se solidarizaram com familiares das vítimas do acidente com a aeronave de matrícula CP 2933, que levava a delegação da Chapecoense à Medellín, local em que a equipe disputaria com o Atlético Nacional a ida da final da Copa Sul-Americana. Entre eles está o Leicester, atual campeão inglês e uma das maiores "zebras" da história do futebol.

O clube publicou uma mensagem no Twitter: "Nossos pensamentos estão com todos da Chapecoense e todos os afetados pela tragédia na Colômbia".



Chapecoense e Leicester possuem uma relação inusitada. Em setembro deste ano, o técnico Caio Júnior, um dos mortos na tragédia que fez 71 vítimas, comparou as duas equipes.

"Nosso time lembra muito o Leicester, da Inglaterra. Um time de uma cidade que é zebra e que conseguiu ser campeão de uma Liga importante como a da Inglaterra. Quero marcar essa temporada, esse clube e esse grupo. Claro que o título brasileiro é bem difícil. Trabalhei em vários clubes no Brasil e nunca vi um clube tão sério, organizado", afirmou em entrevista coletiva após vitória sobre o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro.

No dia 21 de março, a Chapecoense utilizou o Twitter para parabenizar o Leicester pelo título inglês. E aproveitou para fazer um convite ousado: "Ei, Leicester, nós estamos loucos com você! Parabéns por sua campanha no Campeonato Inglês! Que tal um amistoso no Brasil?".



Outros clubes se manifestam

Além do Leicester, diversas equipes de diferentes partes do mundo se solidarizaram com familiares e amigos das vítimas. Veja na galeria algumas das manifestações.



Tragédia

O avião que transportava a delegação da Chapecoense contava com um total de 77 pessoas a bordo: 68 passageiros e nove tripulantes. Entre os passageiros estavam 22 jogadores do time catarinense, além de 20 jornalistas.

Incluídos na lista de passageiros divulgada pelas autoridades colombianas, o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David De Nes Filho, o deputado estadual Gelson Merisio (PSD-SC), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não estavam no avião.

O dirigente estava em São Paulo e embarcaria nesta terça-feira em um voo comercial rumo a Medellín. Buligon também embarcaria neste mesmo voo, depois de o avião fretado pelo clube, com intenção de fazer voo direto a Medellín, ter sido desautorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Como o avião, da companhia aérea Lamia, da Bolívia, não tinha autorização para pousar em Medellín, a delegação da Chapecoense precisou embarcar um voo comercial até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, antes de pegar o avião que caiu quando já chegava ao aeroporto de Medellín. A aeronave caiu em um lugar de mata fechada, em uma região montanhosa, e de difícil acesso para as equipes de resgate.

Informações iniciais sobre o acidente, que agora está tendo as suas causas investigadas, dão conta de que o avião teria sofrido uma pane elétrica e o piloto teria liberado combustível da aeronave antes do pouso forçado para evitar que houvesse uma explosão na hora do choque com o solo. Também está sendo investigada a hipótese de que o combustível do avião teria acabado antes de o piloto ser obrigado a fazer o pouso forçado.

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