Inúmeros clubes ao redor do mundo se solidarizaram com familiares das vítimas do acidente com a aeronave de matrícula CP 2933, que levava a delegação da Chapecoense à Medellín, local em que a equipe disputaria com o Atlético Nacional a ida da final da Copa Sul-Americana. Entre eles está o Leicester, atual campeão inglês e uma das maiores "zebras" da história do futebol.
O clube publicou uma mensagem no Twitter: "Nossos pensamentos estão com todos da Chapecoense e todos os afetados pela tragédia na Colômbia".
Our thoughts are with everyone at @ChapecoenseReal and all those affected by the tragedy in Colombia.
%u2014 Leicester City (@LCFC) 29 de novembro de 2016
Chapecoense e Leicester possuem uma relação inusitada. Em setembro deste ano, o técnico Caio Júnior, um dos mortos na tragédia que fez 71 vítimas, comparou as duas equipes.
"Nosso time lembra muito o Leicester, da Inglaterra. Um time de uma cidade que é zebra e que conseguiu ser campeão de uma Liga importante como a da Inglaterra. Quero marcar essa temporada, esse clube e esse grupo. Claro que o título brasileiro é bem difícil. Trabalhei em vários clubes no Brasil e nunca vi um clube tão sério, organizado", afirmou em entrevista coletiva após vitória sobre o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro.
No dia 21 de março, a Chapecoense utilizou o Twitter para parabenizar o Leicester pelo título inglês. E aproveitou para fazer um convite ousado: "Ei, Leicester, nós estamos loucos com você! Parabéns por sua campanha no Campeonato Inglês! Que tal um amistoso no Brasil?".
Hey @LCFC, we are crazy with you! Congrats for your campaign in @premierleague! What about a friendly match in Brazil? %uD83D%uDE1D%u26BD #Leicester
%u2014 Chapecoense (@ChapecoenseReal) 21 de março de 2016
Outros clubes se manifestam
Além do Leicester, diversas equipes de diferentes partes do mundo se solidarizaram com familiares e amigos das vítimas. Veja na galeria algumas das manifestações.
Tragédia
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Incluídos na lista de passageiros divulgada pelas autoridades colombianas, o presidente do Conselho Deliberativo da Chapecoense, Plínio David De Nes Filho, o deputado estadual Gelson Merisio (PSD-SC), presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina e o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, não estavam no avião.
O dirigente estava em São Paulo e embarcaria nesta terça-feira em um voo comercial rumo a Medellín. Buligon também embarcaria neste mesmo voo, depois de o avião fretado pelo clube, com intenção de fazer voo direto a Medellín, ter sido desautorizado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Como o avião, da companhia aérea Lamia, da Bolívia, não tinha autorização para pousar em Medellín, a delegação da Chapecoense precisou embarcar um voo comercial até Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, antes de pegar o avião que caiu quando já chegava ao aeroporto de Medellín. A aeronave caiu em um lugar de mata fechada, em uma região montanhosa, e de difícil acesso para as equipes de resgate.
Informações iniciais sobre o acidente, que agora está tendo as suas causas investigadas, dão conta de que o avião teria sofrido uma pane elétrica e o piloto teria liberado combustível da aeronave antes do pouso forçado para evitar que houvesse uma explosão na hora do choque com o solo. Também está sendo investigada a hipótese de que o combustível do avião teria acabado antes de o piloto ser obrigado a fazer o pouso forçado.