Preparador de goleiros da Chapecoense, mineiro Anderson Martins está entre mortos em tragédia

Atualização às 19h - O diretor geral da Unidade Nacional para Gestão de Risco de Desastre, Carlos Iván Márquez Pérez, anunciou o fim das buscas e confirmou os números oficiais: eram 77 passageiros, com 71 vítimas fatais e seis sobreviventes. Ficaram no Brasil quatro pessoas que não embarcaram e estavam na lista inicial.


Entre os 71 mortos no acidente com o avião que levava a delegação da Chapecoense, em Medellin, na Colômbia, na madrugada desta terça-feira, na maior tragédia da historia do esporte brasileiro,  está o treinador de goleiros da equipe catarinense, Anderson Roberto Martins, o Boião, mineiro de Pirapora (Norte de Minas). Ele era ex-jogador  com passagens por várias equipes pequenas como Brasília e Sobradinho, do Distrito Federal. Nos campos de futebol amador de Pirapora, Anderson tornou-se conhecido pelo apelido de "Fábio Junior".

O também ex-atleta Luiz Pereira, que mora em Pirapora e, hoje,  é empresário de jogadores de futebol, conta que era muito amigo de Anderson e que o treinador de goleiros estava no melhor momento de sua carreira. "Ele  realmente estava  muito feliz e dizia que chegou ao melhor momento da vida dele", afirmou Luiz Pereira, que é dirigente do Pirapora Futebol Clube, que já disputou o Campeonato Mineiro da Terceira Divisão.

De acordo com o ex-jogador e empresário Anderson tinha 45 anos e iniciou o trabalho na Chapecoense há cerca de cinco anos, logo depois de ter concluído o curso de treinador de goleiros. "O Anderson estava muito satisfeito, principalmente, por causa do bom desempenho do Danilo (goleiro da Chapecoense). Danilo, que foi um dos heróis da classificação da Chapecoense para o final da Copa Sul-Americana, chegou a ser socorrido com vida na queda do avião,  mas não resistiu e morreu no hospital na Colômbia.

Ainda conforme Luiz Pereira, Anderson estava sendo esperado para um jogo festivo de ex-jogadores profissionais em Pirapora neste final de ano. "Todo fim de ano, ele sempre veio para participar da comemoração com  os ex-jogadores aqui na cidade", diz o ex-atleta e empresário. "Nem dá para acreditar que isso ocorreu. Esta tragédia com a delegação da Chapecoense vai ficar marcada para sempre na memória das pessoas que lidam com o futebol", lamentou Luiz Pereira.