Site da Lamia, que levava a Chapecoense, diz que empresa voa 'sob maiores padrões de segurança'

Atualização às 19h - O diretor geral da Unidade Nacional para Gestão de Risco de Desastre, Carlos Iván Márquez Pérez, anunciou o fim das buscas e confirmou os números oficiais: eram 77 passageiros, com 71 vítimas fatais e seis sobreviventes. Ficaram no Brasil quatro pessoas que não embarcaram e estavam na lista inicial.


A Lamia, companhia aérea que transportava a delegação da Chapecoense e jornalistas que iriam cobrir a partida de ida da final da Copa Sulamericana, tem uma presença discreta na web.

O site da empresa na internet é uma página simples e chama atenção a observação em vermelho, abaixo da logomarca, informando que a Lamia está "em processo de certificação perante a autoridade aeronáutica".

O texto informativo sobre a companhia diz que Lamia é sigla de Línea Aérea Mérida Internacinoal de Aviación C.A, 100% nacional, que se encontra devidamente constituída, e que ''nasce com o principal objetivo de promover o desenvolvimento turístico regional e a prestação de serviço principal, que é o transporte de passageiros, carga e correios, 'sob os maiores padrões de segurança'''.

Em 2014, a Lamia obteve licença para voar na Bolívia como operadora de pequeno porte. A frota é composta por aviões de quatro turbinas modelo British Aerospace BAE-RJ85, com capacidade para 85 passageiros e autonomia de voo de até seis horas. É, na verdade, o primeiro modelo RJ da família 146, que foi produzida por 19 anos, entre 1983 e 2002.


A página da empresa no Wikipedia, a enciclopédia livre da internet, parece ser recente. Sobre a companhia aérea, há apenas uma frase, informando sobre a sigla e revelando que a empresa nasceu na Venezuela em 2009 e depois foi transferida para a Bolívia. O destaque maior no Wikipedia já é para o acidente trágico que matou pelo menos 76 pessoas. A página traz, inclusive, foto de aeronave semelhante à que caiu. A aeronave é um Avro RJ-85 e tinha 17 anos de uso. O primeiro voo foi realizado em 26 de março de 1999.