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TRAGÉDIA

Torino, Alianza de Lima e Manchester são outros clubes que já sofreram com tragédias aéreas

Avião que levava a delegação da Chapecoense para a Colômbia caiu deixando mortos

postado em 29/11/2016 09:55 / atualizado em 29/11/2016 19:32

Atualização às 19h - O diretor geral da Unidade Nacional para Gestão de Risco de Desastre, Carlos Iván Márquez Pérez, anunciou o fim das buscas e confirmou os números oficiais: eram 77 passageiros, com 71 vítimas fatais e seis sobreviventes. Ficaram no Brasil quatro pessoas que não embarcaram e estavam na lista inicial.

Reprodução
Manchester United, Torino, Alianza de Lima, além das seleções da Dinamarca e da Zâmbia. No futebol, as tragédias aéreas fazem parte da história de alguns clubes e tiveram grande impacto para seus torcedores, que viram sonhos se transformarem em pesadelo.

Torino

Em 1949, o Torino, que era o campeão da Itália, perdeu sua delegação em um terrível acidente. Ao retornar de um jogo amistoso em Portugal, o avião caiu no dia 4 de maio, nas proximidades de Turim, na região do Piemonte. O acidente fez 31 mortos, entre eles 18 jogadores. Quase uma dezena daqueles que estavam no avião faziam também parte da seleção italiana.

Para muitos italianos, aquele desastre afetou de forma decisiva a capacidade da seleção italiana em concorrer ao título na Copa do Mundo de 1950, no Brasil. O torneio seria o primeiro depois da Segunda Guerra Mundial e o Torino, que dominava os campos italianos, era a base da seleção que tinha aspirações de vencer no Maracanã.

Manchester United


Uma década depois, em 1958, seria a vez de um outro grande campeão fazer parte da lista das vítimas de acidentes aéreos. O Manchester United, bicampeão da Inglaterra e se classificando para a semifinal da Copa da Europa, estava em um avião de retorno de uma partida em Belgrado, na Sérvia.

Em pleno inverno, no dia 6 de fevereiro, o avião faria uma escala em Munique. Mas, ao tentar voltar a decolar, a neve o impediu de subir por duas vezes. Na terceira tentativa, o jato acabou batendo em um muro. Vinte pessoas que estavam a bordo, entre eles oito jogadores, morreram. Entre os sobreviventes estava Bobby Charlton, com apenas 20 anos, que ficou severamente ferido. Mas a jovem promessa do futebol inglês, Duncan Edwards, não sobreviveu.

Seleção Dinamarquesa


Dois anos mais tarde, em 1960, outros oito jogadores da seleção dinamarquesa seriam vítimas de um acidente aéreo, em Kastrup, próximo a Copenhague. O mesmo ocorreria em 1979 com a equipe do Tachkent, do Uzbequistão, que morreu perto de Minsk, na Bielorrússia.

Alianza Lima


Na América do Sul, um dos maiores dramas foi o do Alianza Lima, em 1987. O Fokker que levava os jogadores do clube caiu no litoral peruano e todos os jogadores e a comissão técnica morreram. Ao todo foram 43 mortes. O time estava na liderança do campeonato peruano quando aconteceu a tragédia e acabou perdendo o título.

The Strongest


Outro acidente aconteceu com a delegação da equipe boliviana The Strongest, quando viajava de Santa Cruz de la Sierra para La Paz, na Bolívia. O avião desapareceu durante a madrugada e só foi encontrado no dia seguinte. Todas as 74 pessoas a bordo morreram, sendo 16 jogadores do clube boliviano e os integrantes da comissão técnica.

Seleção de Zâmbia


Em 1993, mais uma seleção seria vítima de um acidente aéreo. A Zâmbia disputava um lugar na Copa do Mundo e, para chegar até o evento, teria de bater o Senegal. Um avião militar levaria o time africano ao confronto. Mas o aparelho se incendiaria e todos os 18 jogadores da seleção morreriam.

Outros acidentes


Delegações esportivas também já foram vítimas de acidentes em estradas. Em 2009 um ônibus que transportava o time do Brasil de Pelotas caiu em um barranco, deixando três mortos e mais de 20 feridos. O atacante Cláudio Milar, o zagueiro Régis e o treinador de goleiros Giovani Guimarães morreram no local.

A equipe gaúcha voltava para Pelotas depois de um amistoso em que venceu a equipe de Santa Cruz. O acidente aconteceu na BR-392. Os jogos do campeonato gaúcho, que começaria na semana seguinte foram suspensos.

Em 1976, durante a campanha da Copa Libertadores, o Cruzeiro perdeu seu atacante titular e um dos ídolos do time de forma trágica. Roberto Batata, então com 27 anos, viajava de carro pela rodovia Fernão Dias, para visitar a família em Três Corações. No quilômetro 182, ele sofreu um acidente fatal.

A morte do jogador durante a disputa da Copa Libertadores da América comoveu os torcedores do Cruzeiro, que superlotaram o cortejo fúnebre do atleta. No jogo seguinte, contra o Alianza Lima, do Peru, no Mineirão, os companheiros homenagearam o ex-colega.

O ídolo do Internacional, atacante Fernandão, também morreu de forma trágica, em um acidente com a queda de helicóptero, em 2014, próximo a Goiânia. Todos os cinco ocupantes morreram após o helicóptero cair em um lago.

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